Por bferreira

Rio - A expansão acelerada da internet entre os brasileiros, associada ao tráfego crescente de dados corporativos na rede, fez grupos internacionais voltarem os olhos para um mercado ainda pouco explorado no país: o dos cyberseguros. A modalidade ganhou corpo este ano no Brasil.

Em junho, o XL Group lançou um produto específico voltado a empresas de tecnologia para proteção contra danos provocados por vazamento de dados, entre outras coberturas. Em julho, foi a vez do grupo internacional de seguros e resseguros colocar no mercado outro produto, destinado a médias e grandes companhias fora do universo de TI.

Disponível nos Estados Unidos e na Europa há pelo menos cinco anos, o seguro da norte-americana AIG contra riscos cibernéticos foi lançado no país em agosto de 2012. A demanda no país é crescente — a AIG não divulga valores — mas ainda muito pulverizada, explica Lucas Scortecci, gerente de Produtos Financeiros da AIG no Brasil.

“Não percebemos ainda um setor se destacando muito (em termos de demanda)”, diz. “No mundo, esse tipo de serviço é muito procurado por hospitais, companhias financeiras e empresas de e-commerce”, completa o executivo da AIG.

Cobertura para danos provocados pelo vazamento de dados e reparação de prejuízo

Embora variem de produto para produto, as coberturas dos seguros contra riscos cibernéticos podem incluir desde proteção contra prejuízos causados pelo vazamento de dados até a reparação de lucro cessantes, no caso — por exemplo — da interrupção das operações de empresas de comércio eletrônico. Os danos à reputação de companhias e os custos referentes à recuperação de dados também podem ser cobertos.

Como ocorre em outros tipos de seguro, o cliente normalmente preenche um questionário que permite à seguradora fazer análise de risco, o que interfere no preço do serviço.

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