Por felipe.martins

Rio - Para a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o volume de vendas deverá fechar o ano com alta de 3,5%. A expectativa deve-se a alta de 1,1% nas vendas do comércio varejista em agosto, conforme Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada ontem pelo IBGE. O crescimento ocorre depois de dois meses de queda.

De acordo com o instituto, o aumento mensal foi influenciado pelos ramos de equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação e por tecidos, vestuário e calçados que auferiram altas de 7,5% e 3,2%, respectivamente.

Apesar da alta no mês, na comparação em 12 meses, houve recuo de 1,1% em relação a agosto de 2013, especialmente em decorrência dos ramos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (7,2%) e de artigos de uso pessoal e doméstico (4,4%), pior desde outubro de 2003.

Confederação do Comércio prevê que varejo deve terminar o ano com alta de 3%2C5%Divulgação

“Destaque para equipamentos e materiais de escritório. Nos meses de volta às aulas temos esse indicador com pico mais alto. A explicação é a volta às aulas e a corrida para a compra de materiais”, explicou Juliana Vasconcellos, gerente da coordenação de serviços e comércio do instituto.

Entre os resultados positivos, estão os desempenhos de combustíveis e lubrificantes (0,1%); outros artigos de uso pessoal e doméstico (4,4%); e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (7,1%).

“A gente pode dizer que não está sendo um ano favorável, a renda crescendo menos, a diminuição do ritmo do crédito, expectativa de desaceleração do consumo, e agora uma possível crise internacional, temos que esperar para ver como vai ficar”, analisou a especialista.

Já para a CNC, considerando variações de 2,6% da massa de rendimentos no mercado formal de trabalho e de encarecimento do crédito ao longo de 2014, os destaques deverão ser as expansões de 8,6% e 7,4% projetadas para os ramos de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (8,6%) e de artigos de uso pessoal e doméstico (7,4%). Agregando-se as projeções para o comércio automotivo e para o segmento de materiais de construção, a expectativa para 2014 é de que o varejo ampliado cresça 0,1%.

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