Por felipe.martins

Rio - Será que você já sofreu assédio moral no trabalho? Não é situação rara e alguns funcionários têm atitudes que podem ser classificadas como tal. Denomina-se o caso como comportamento abusivo e repetitivo, durante tempo prolongado, praticado pelo superior hierárquico ou por outros funcionários a respeito do mesmo trabalhador.

Caracteriza-se por atentar contra a dignidade do funcionário e o expor a situações constrangedoras, humilhantes e de desestabilização psicológica. Em situações como essa, a empresa pode ser responsabilizada por não fiscalizar a conduta dos funcionários e sofrer ação trabalhista movida por quem foi importunado.

Veja como agir em situações de assédio moral sem prejudicar seu emprego.


PERGUNTA E RESPOSTA

“Sofro perseguição do meu chefe há cerca de três anos, quase todos os dias. Alguns colegas também já passaram por humilhações nas reuniões e até por e-mail. O que fazer para evitar a situação e me manter estável neste emprego?” Thiago, Maracanã

Olá, Thiago! Você descreve uma situação de assédio moral. Vale esclarecer que isso não deve ser confundido com as broncas e conflitos eventuais do dia a dia. O Poder Judiciário define esse tratamento como “o atentado contra a dignidade humana. Situação em que uma pessoa ou um grupo de pessoas exerce uma violência psicológica extrema, de forma sistemática, frequente e durante tempo prolongado sobre outra pessoa que se desestabiliza psicologicamente. Mas lembre-se: a lei prevê a indenização por dano moral para esses casos.

A pressão psicológica pode existir, não só do chefe para com o subordinado, mas também entre colegas de trabalho com vários objetivos, como forçar um pedido de transferência ou demissão.
E se a situação incomodar, você precisará se posicionar, pois em geral esse comportamento não cessa voluntariamente.

Caso a empresa tenha uma área de Recursos Humanos na qual você confie, é possível denunciar o chefe com provas concretas e com o apoio dos colegas que porventura tenham sofrido assédio.
Se tiver receio de represálias, outra opção seria o envio de carta anônima aos diretores, ao RH e ao presidente da empresa, anexando as provas. Por exemplo, o e-mail do chefe que caracteriza o tratamento abusivo.

No caso de você não encontrar apoio na sua empresa, reflita se aí é realmente um bom lugar para continuar trabalhando. Talvez seja o momento de pensar em buscar oportunidades de emprego em lugares que ofereçam melhores condições.

De toda forma, para ser ressarcido por danos morais e reduzir a impunidade que incentiva as pessoas a cometerem o assédio moral, é necessário iniciar um processo judicial com a ajuda de um advogado.

Boa sorte!

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