Por bferreira

Rio - Participei dia desses de uma conversa com o Art Fry, pesquisador da 3M que inventou o Post-It há umas três décadas. Aos 83 anos de idade, ele é lépido e fagueiro, espertíssimo. Hoje ele anda pelo mundo falando sobre inovação — e eis aqui algumas dicas importantes não só para quem lida com tecnologia, mas também para quem é responsável por qualquer empresa.

O primeiro ponto: você não pode tomar boas decisões a respeito de um mercado que não conhece a fundo. Não vai crescer, nem saberá inovar, se não entender o que está gerenciando. Saber tudo sobre bananas não é o mesmo que saber tudo sobre maçãs. Portanto, vale repetir esse mantra: “Não vou me meter no que não conheço”. Ou, ao menos, não tente inventar demais.

E há o outro lado da moeda. Existem as empresas líderes em seus segmentos que, estando no alto, acabam se acomodando, acreditando que já não têm como melhorar. Portanto, acomodar-se é o maior crime de quem está no alto. Como se sabe há milênios, se você cochilar, o cachimbo cai.

Outro ponto interessante: empresas preocupadas em inovar (e qual não está?) poderiam fazer com suas equipes o mesmo que fazem Google e 3M, entre outras. Elas incentivam que seus funcionários dediquem pelo menos 15% do seu tempo a projetos pessoais — daqueles que, evidentemente, possam beneficiar a empresa. Será que não vale a pena pensar nisso por aí?

PEDE PRO PAPAI NOEL

A Motorola acaba de trazer para o Brasil o Moto Maxx, um ótimo smartphone para fazer frente ao inflacionado iPhone 6, que está caro pra chuchu (a partir de R$ 3 mil). O Maxx promete 40 horas de duração de bateria e tem um carregador que garante mais seis horas de vida com apenas 15 minutos de carga. Será?

Esta coluna não quer concorrer com ninguém na publicação de fotos de gatos (!)%2C mas estas aqui mostram como é boa a câmera do MaxxAna Studart

Recebi o aparelho para teste e, com a bateria devidamente carregada, comecei a desbravar o smartphone com a ajuda da repórter Ana Studart, que fez também as fotos acima. O que chama a atenção, logo de cara, é o tamanho: com 5,2 polegadas, o display segue a tendência (irreversível) de telas cada vez maiores. De início achamos um pouco grande, mas depois de assistir filmes no Netflix sem sentir falta do tablet, tudo ficou mais claro.

O aparelho reproduz e captura fotos e vídeos em 4K, ou seja, com a definição quatro vezes maior que o HD já básico. Coisa boa. A memória interna é de 64GB, e a RAM é de 3GB. E a câmera, de 21 MP, é um escândalo, verdadeiro upgrade em relação às anteriores.

O celular é feito sob medida para desastrados, com material impermeabilizante anti-respingos e a capa de Kevlar. Há também os apps divertidos.

Para os que gostam de se exibir, por exemplo, é só falar para o celular algo como ‘Tire uma selfie’, que ele vai abrir a câmera frontal, fazer a contagem regressiva e tirar a foto. Entre outros comandos, o aplicativo MotoVoz permite que se poste no Facebook, assista vídeos e envie mensagens sem tocar no smartphone. Quase sempre dá certo.

Já o Moto Assist identifica o que o usuário está fazendo e, assim, se comporta de maneiras diferentes. Se você estiver dormindo, ele fica silencioso, sem alertas de mensagens, Whatsapps ou ligações. Já quando você está em casa, ele lê suas mensagens em voz alta. Bem bom.

Enfim, usamos o Moto Maxx durante 24 horas, testando todos aplicativos, vendo vídeos, Facebook e muuuito WhatsApp. Ao fim desse uso intenso, o aparelho finalmente se deu por vencido e acusou a falta de bateria. Como prometido, 15 minutinhos de carga renderam mais uma noite de uso.

Ao preço sugerido de R$ 2.199, o Moto Maxx é uma boa opção de aparelho funcional, com câmera potente e sistema de última geração. Além disso, traz a estranha e libertadora sensação de poder sair de casa sem se preocupar em levar o carregador na mochila.

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