Por felipe.martins

Rio - O ano de 2014 deve fechar com inflação em alta e ter crescimento menor da economia, segundo previsão do mercado financeiro. Especialistas ouvidos pelo Banco Central trabalham com expectativa de que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) conclua o ano em 6,43% e não mais em 6,4%. Já o Produto Interno Bruto (PIB) — soma das riquezas produzidas pelo país — deste ano ficará em 0,2%. Os dados foram divulgados ontem pelo BC e fazem parte da pesquisa semanal Focus feita entre 100 instituições financeiras do país.

Na semana passada, a expectativa dos economistas para a inflação deste ano era de alta de 6,4%. Já em relação a 2015, a previsão do mercado subiu de 6,4% para 6,45%. No caso do PIB, os economistas avaliaram anteriormente que haveria alta de 0,21% e agora de 0,2%. Se confirmada, será a menor expansão do índice desde 2009, quando o PIB teve retração de 0,33%. Para 2015, a estimativa de expansão da economia permaneceu em 0,8%.

Pela previsão divulgada ontem, tanto para 2014 quanto para 2015 a inflação está distante da meta do governo de 4,5% e próxima do teto de 6,5%. Em doze meses até outubro, o IPCA, a inflação oficial do país, desacelerou, atingindo 6,59%, valor acima do teto de 6,5%, que vale somente para anos fechados.

JUROS E DÓLAR

Para a taxa básica de juros da economia brasileira, a chamada Selic, que está em 11,25% ao ano desde o fim de outubro, os economistas ouvidos pelo Banco Central avaliaram que haverá novo aumento, agora para 11,5% ao ano, na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC, que será em dezembro. Em 2015, a taxa Selic deverá chegar a 12% ao ano, permanecendo a previsão dos analistas da semana anterior.
Já pela projeção de câmbio feita na pesquisa Focus para o fim deste ano, o dólar subiu de R$ 2,53 para R$2,55. Para 2015, a previsão avançou de R$ 2,61 para R$ 2,65 por dólar.


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