Por bferreira
Rio - A origem da tradição de se dar presentes no Natal surgiu em razão dos gestos dos reis magos (Baltazar, Belchior e Gaspar) que levaram ouro, mirra e incenso para o menino Jesus quando do seu nascimento. O ouro simbolizava a riqueza e a proteção divina; a mirra em óleo serviu para fazer a limpeza do corpo e proteger Jesus das doenças; e o incenso daria proteção através da crença e da oração. Não é sabido com exatidão quando surgiu a tradição natalina, mas sabe-se que o Papa Libério a oficializou no ano 354.
Devido à essa tradição dos presentes, o Natal se tornou o maior evento do comércio. No Brasil, em particular, o período é turbinado pelo pagamento do 13º salário, que não por um acaso, também é chamado de gratificação natalina. Com o recesso escolar de verão, muitos pais também entram de férias, oportunidade em que, logo em janeiro, já podem antecipar parte do 13º do ano seguinte e recebem a gratificação de férias (1/3 de um salário). Ou seja, é período em que o trabalhador movimenta muitos recursos e deve, por isso, planejar adequadamente uso do dinheiro para que não falte na hora de pagar as tradicionais despesas de começo de ano (IPVA, IPTU e material escolar).
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Amanhã, como em todos os anos, o comércio, ainda de olho no dinheiro dos consumidores, iniciará liquidações. Trata-se de ação para reduzir os preços dos itens que encalharam, esvaziar prateleiras e estoques e fazer capital de giro para 2015. Para quem vai ao shopping presentes, o saldão com ofertas arrasadoras é mais uma tentação de consumo.
Cuidados à parte para não se endividar, o importante é resgatar o real sentido do Natal. A troca de presentes é espécie de reprodução do simbolismo do nascimento de Jesus, representando, a cada ano, a renovação da esperança e da fé do ser humano. Feliz Natal.
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Gilberto Braga é professor de Finanças do Ibmec e da Fundação Dom Cabral
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