Gilberto Braga: Ideal seria acordar e dormir em 2016
O ano de 2015, como todo mundo está dizendo, será de ajustes, para consertar os estragos do fim do primeiro mandato de Dilma Rousseff
Por felipe.martins, felipe.martins
Rio - Época de retrospectiva e previsões de ano novo. No caso da economia seria melhor não fazer nem uma coisa nem a outra. O ano de 2014 é para se esquecer, porque foi perdido e o de 2015, como todo mundo está dizendo, será de ajustes, para consertar os estragos do fim do primeiro mandato de Dilma Rousseff. Na economia, bom mesmo seria dormir agora e acordar somente daqui há um ano, já em 2016, pulando 2015 inteirinho.
Teremos um ano de inflação ainda alta, ligeiramente menor que a de 2014, mas com o IPCA rondando os 6% ao ano. A taxa de juros deve subir ainda mais no primeiro semestre, podendo bater a casa dos 13% ao ano. Dólar pressionado, flutuando entre R$ 2,70 e R$ 2,90. E para completar, um PIB fraquinho, com um crescimento econômico entre 0,1% a 0,3% nos 12 meses.
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O quadro ruim de 2015 afeta o bolso de cada um de nós. O ideal seria olhar para o orçamento doméstico e cortar custos, como a nova equipe econômica se dispõe a fazer. Mas cortar mais ainda? Como? Esse é o segredo para se dar bem em 2015 no campo das finanças. Se em Brasília o governo vai apertar o cinto, a pessoa que não acompanhar no seu universo individual ou doméstico pode quebrar a cara. Por isso, é hora de tomar cuidado com os gastos e, acima de tudo, com as dívidas.
O ano novo não se prenuncia como sendo pior que o ano velho, mas isso não quer dizer muito ou que vai ser um ano bom na economia. Se você souber administrar bem as suas contas, vai poder repetir o ditado popular: “dinheiro não é problema.” Melhor ainda se conseguir fazer com que o seu dinheirinho em 2015 seja “solução”. Por isso, te desejo prosperidade no ano novo, acompanhado de saúde e paz.