Por thiago.antunes
Rio - Tempestades ou secas, calor ou frio intensos. Os efeitos das mudanças climáticas são cada vez mais evidentes. E preparar a sociedade para enfrentar a situação exige grande mobilização e investimentos. Uma das estratégias é a Adaptação com Base em Ecossistemas (AbE), segundo apontou estudo da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza
O modelo prevê que, para ajudar pessoas e comunidades, é preciso o aproveitamento dos ‘serviços ambientais’ garantidos pelos ecossistemas conservados, como: regulação da quantidade e qualidade da água; purificação do ar; conservação do solo e dos recursos hídricos; proteção contra desastres naturais, entre outros.
Saída é conservar ecossistemasiStockphoto

“Ecossistemas equilibrados podem contribuir mais para a qualidade de vida das populações, no que se refere aos impactos das alterações do clima, do que ações que visam apenas à melhoria da infraestrutura física, tais como túneis para desvio de água, grandes obras de captação de água à distância e diques de contenção contra inundações”, afirma André Ferretti, gerente de estratégias de conservação da Fundação. Experiências internacionais mostraram que a AbE também é mais barata.

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O estudo ‘Adaptação Baseada em Ecossistemas: oportunidades para políticas públicas em mudanças climáticas’ foi elaborado pelo ICLEI Brasil, com o apoio do Observatório do Clima. O objetivo é oferecer recomendações para políticas públicas, como o Plano Nacional de Adaptação às Mudanças do Clima, em elaboração pelo Ministério do Meio Ambiente.
Exemplos bem sucedidos no exterior
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No Vietnã, investiu-se em plantação de manguezais, que agem naturalmente como quebra-mares e protegem a zona costeira. Os custos da ‘opção natural’ foram muito mais baixos do que a reparação mecânica com diques da erosão na área. Em Riverside, Califórnia (EUA), um sistema de tratamento de esgoto por raízes, inspirado no modo natural como o meio ambiente depura matérias orgânicas, propiciou economia de 90% ao governo.
Modelo de ecossistema bem sucedido no Vietnã, manguezais agem naturalmente como quebra-maresiStockphoto

Na Bulgária, Europa, a restauração de zonas úmidas reduziu os problemas enfrentados com enchentes frequentes do Baixo Rio Danúbio. A pesquisa contabilizou experiências de AbE em todo o mundo e foram identificados 132 estudos de caso. Desses, 68 (44%) ocorrem na Europa desde 2009. O Brasil tem só 10 casos documentados.

Boas ações em dia
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Quem gosta de mar tem até o fim deste mês para aproveitar o Projeto Base SUP, de stand up paddle, em João Fernandes e Ferradura (Búzios), Itaipu e Itacoatiara ou Camboinhas (Niterói) e Leblon (Rio). Há pranchas e equipamentos de segurança disponíveis, além de orientação profissional. Pessoas carentes ou instituições sociais-esportivas têm 10% das vagas. O patrocínio é da Claro. Informações: www.basesup.com.br
O camarote Samba Carioca, parceiro da escola de moda Casa Geração Vidigal para customização de camisetas, divulgará na Sapucaí as ações da Sustentarte, Green Nation e Climate Reality Project. As instituições estimulam redução da poluição e consumo consciente
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