Por victor.duarte

O dólar fechou em alta de 1,78% ante o real nesta quarta-feira, atingindo o maior nível em quase 10 anos, com a persistente queda dos preços do petróleo e a expectativa de que os juros dos Estados Unidos subam em meados deste ano.

No Brasil, o movimento foi acentuado por uma série de operações de compras automáticas de divisas. Na avaliação de operadores, houve algum exagero que pode ser corrigido nas próximas sessões, mas não se contempla um cenário em que a moeda norte-americana volte para perto de 2,60 reais.

O dólar subiu 1,78% a 2,7420 reais na venda, maior nível de fechamento desde 23 de março de 2005 (2,749 reais). Na máxima do dia, a divisa alcançou 2,7490 reais.

Segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de 900 milhões de dólares. "Não faltou motivo para o dólar subir hoje. Temos o petróleo, o dado de emprego nos EUA e o fator técnico pesou muito", disse o operador de câmbio de um importante banco internacional. "A verdade é que não temos fundamento para sustentar um real muito mais forte do que isso", acrescentou.

Neste ano, a moeda norte-americana acumula alta de mais de 3% sobre o real. Estes ganhos também foram impulsionados por declaração do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, que afirmou na sexta-feira passada não haver a intenção de manter o câmbio sobrevalorizado.

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