Por felipe.martins

Rio - O número de trabalhadores com carteira assinada cresceu no país, mas as mulheres continuam contando com menos oportunidades que os homens. Estas foram as conclusões da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada ontem pelo IBGE. Segundo o estudo, houve queda na taxa média de desemprego no país: ficou em 6,5% no quarto trimestre de 2014, abaixo dos 6,8% vistos nos três meses anteriores.

No quarto trimestre de 2014, 77,7% dos empregados do setor privado tinham carteira de trabalho assinada, um avanço de 0,6 ponto percentual em relação a igual trimestre de 2013. Entre os domésticos, a pesquisa mostrou que 32,1% estavam formalizados nos últimos três meses do ano passado, acima dos 31,1% registrados no trimestre anterior.

A taxa de desocupação fechou o ano passado em 6,8%, registrando queda em relação a 2013, quando foi de 7,1%. Em 2012, a taxa ficou em 7,4%. Os dados indicam um desemprego maior em relação à Pesquisa Mensal de Emprego (PEM), também feita pelo IBGE, que chegou a um nível de 4,8%. Este estudo, porém, calcula as informações de apenas seis das principais regiões do país, enquanto a Pnad engloba todo o território nacional.

Entre a população ocupada houve aumento do terceiro para o quarto trimestre, passando de 92,3 milhões para 92,9 milhões. No quarto trimestre de 2013, a população ocupada era de 91,9 milhões de trabalhadores. Já no que diz respeito à população desocupada, entre o terceiro e o quarto trimestre de 2014, o número passou de 6,1 milhões para 6,5 milhões de trabalhadores.

A taxa de desocupação entre mulheres (7,7%) fechou 2,1 pontos percentuais acima da verificada entre homens (5,6%). Segundo o IBGE, apesar de as mulheres serem maioria na população (52,4%), essa tendência de maior desocupação entre elas nunca foi revertida.

Entre os jovens de 18 a 24 anos, a taxa de desocupação foi de 14,1%, acima do estimado para a taxa média total. Este comportamento também foi verificado nas cinco grandes regiões: a taxa oscilou entre 8,4% no Sul e 17,4% no Nordeste. Já nos grupos de 25 a 39 e de 40 a 59 anos de idade, este indicador foi de 6,3% e 3,3%, respectivamente.

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