Por tiago.frederico

Brasília - O saldo da compra e venda de mercadorias e serviços do Brasil com o resto do mundo – as chamadas transações correntes – ficou negativo em US$ 10,654 bilhões em janeiro de 2015. O saldo negativo é inferior ao déficit de US$ 11,574 bilhões registrado em janeiro de 2014, que foi o maior desde o começo da série histórica, iniciada pelo Banco Central (BC) em 1980. Os dados foram divulgados nesta terça-feira pelo BC.

A conta de serviços (viagens internacionais, transportes, aluguel de equipamentos e seguros) teve déficit de US$ 3,612 bilhões, valor superior aos US$ 3,337 bilhões do ano passado. Na conta específica de viagens internacionais, o déficit ficou em US$ 1,652 bilhão, superando o US$ 1,477 bilhão do ano passado.

O saldo comercial (diferença entre exportações e importações) ficou negativo em US$ 3,174 bilhões, em comparação a US$ 4 bilhões em janeiro de 2014. O valor resulta de US$ 13,704 bilhões em exportações e US$ 16,878 em importações.

Na conta de rendas (remessa de lucros e dividendos, pagamento de juros e salários), houve déficit de US$ 3,965 bilhões contra US$ 4,379 bilhões no mesmo mês do ano passado.

Os investimentos estrangeiros diretos (IED) somaram ingressos líquidos de US$ 3,968 bilhões contra US$ 5,1 bilhões em janeiro de 2014. Em doze meses, somam US$ 61,3 bilhões. A projeção do BC é que o IED encerre o ano em US$ 65 bilhões. As reservas internacionais totalizaram US$ 372,2 bilhões em janeiro de 2015, com redução de US$ 1,9 bilhão em relação ao mês anterior.

O saldo de transações correntes havia encerrado 2014 negativo em US$ 90,9 bilhões, maior déficit anual já registrado, superando o recorde de 2013, quando houve déficit de US$ 81,8 bilhões.


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