Por felipe.martins

Rio - O dólar fechou estável nesta segunda-feira, depois de bater o patamar de R$2,90 durante o pregão. Foi a primeira vez que a moeda ultrapassou este valor desde 2004. No final do dia, a moeda encerrou a R$2,8782 na venda, com alta de 0,01%. Apesar da estabilidade, a divisa norte-americana segue no estágio mais alto em mais de 10 anos.

Ministro das Finanças grego%2C Yanis Varoufakis%3A país deve divulgar reformasEfe

O valor da moeda tem sido afetado pela crise econômica na Grécia. No mercado internacional, os investidores estão cautelosos, aguardando que o país apresente a seus credores uma lista de reforma que pretende fazer para continuar no programa de resgate de seus parceiros europeus. O prazo para a entrega da lista era ontem, mas foi adiado para hoje.

A Bolsa de Valores de São Paulo também fechou praticamente estável ontem, com alta de 0,08%, a 51.280 pontos. Apesar da queda nas ações da Vale e da Petrobras, que possuem um grande peso na carteira de ações que compõem o Ibovespa, o índice foi puxado por ações de empresas da área de educação e da Souza Cruz. A fabricante de cigarros teve a maior alta do pregão, de 7,48% em suas ações ordinárias. Os papéis dispararam depois do anúncio de que sua controladora, a empresa britânica British American Tobacco International, está planejando retirá-la da Bovespa. A operação seria feita por meio de uma oferta pública em que a controladoria iria desembolsar cerca de R$ 10 bilhões.

Os grupos educacionais Kroton e Estácio também lideraram as altas do pregão, com variações de 7,07% e 5,21%, respectivamente. O motivo da euforia foi o anúncio do governo de que as novas regras de pagamento do Fies — programa de financiamento de cursos do Ensino Superior — valerão apenas para o ano de 2015. Anteriormente, o governo não havia determinado prazos de vigência para as mudanças.

Expectativas pioram

Economistas ouvidos semanalmente pelo Banco Central pioraram suas previsões para o desempenho do Brasil no ano de 2015. Segundo o levantamento Focus divulgado ontem, o mercado acredita que o Produto Interno Bruto (PIB) do país irá encolher 0,5% em 2015. Na semana passada, a previsão estava em queda de 0,42%.

As perspectivas para a inflação também pioraram na última semana. Especialistas estimam que o índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) vai fechar o ano em 7,33%, ante a 7,27% na semana passada, principalmente por causa dos preços controlados pelo governo.

No que se refere à taxa de câmbio, as previsões não se alteraram em relação à semana anterior. Analistas continuam acreditam que a moeda vai terminar o ano cotada a R$ 2,90.


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