Por bferreira

Rio - O Banco Central (BC) admitiu que o governo deverá estourar a meta da inflação em 2015. Relatório Trimestral de Inflação prevê que há 90% de chance de o país fechar o ano com a inflação oficial em 7,9%. A estimativa anterior projetava 6,1%. A meta do governo é que o IPCA fique em 4,5%, com margem de tolerância de dois pontos percentuais, chegando ao limite de 6,5%.

Em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) — conjunto de riquezas geradas pelo país — o BC prevê retração de 0,5% neste ano. Em 2014, a estimativa da autoridade monetária é que o PIB tenha recuado 0,1%. Em dezembro, a instituição estimava uma alta de 0,2% para o PIB do ano passado. O IBGE divulga o dado oficial hoje.

Diante da pressão dos reajustes de preços administrados e da valorização do dólar, o BC já não vê mais a inflação iniciando trajetória de queda em 2015, e avalia que os preços deverão continuar elevados este ano.

No cenário de referência do relatório de inflação, a instituição considerou o dólar constante a R$ 3,15 e a taxa Selic no patamar de 12,75%, também neste ano. Para 2016, a autoridade monetária prevê um cenário de estabilização, com a inflação pouco acima do centro da meta, em 4,9%.

Em fevereiro, o IPCA alcançou uma variação de 7,70% acumulada em 12 meses, o maior valor em praticamente uma década. Em relação à política fiscal, o BC avalia que aumentos recentes de impostos, ações para redução de gastos públicos e para a execução pública compatível com a arrecadação de tributos, “refletem o comprometimento com o alcance das metas de superávit primário para 2015 e para os anos seguintes.”

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