Por paloma.savedra

Rio - O Grupo OAS, um dos investigados pela Operação Lava Jato, entrou com um pedido de recuperação judicial de nove de suas empresas à Justiça. A empresa enfrenta dificuldade para contrair crédito desde que foi incluída nas investigações.

"Desde o início das investigações na Petrobras, as instituições financeiras têm sistematicamente restringido o acesso das empresas aos recursos necessários para a manutenção das obras".
diz a nota divulgada pela empresa.

Para tentar se recuperar, a empresa irá colocar à venda as participações da holding na Invepar (24,44% do negócio), no Estaleiro Enseada (17,5%), a OAS Empreendimentos (80%), a OAS Soluções Ambientais (100%), a OAS Óleo e Gás (61%) e a OAS Defesa (100%). Também serão negociadas a Arena Fonte Nova (50%) e a Arena das Dunas (100%).

Em informe divulgado hoje, o grupo afirma que vai concentrar seus esforços na área de construção pesada, que é sua "principal vocação". "A iniciativa foi o melhor caminho encontrado pelo Grupo para renegociar suas dívidas com credores e fornecedores diante da intensa restrição de crédito verificada desde o final do ano passado".

A empresa tem 60 dias para apresentar seu plano de recuperação judicial à Justiça. Quatro executivos da OAS foram presos na Lava Jato: o presidente da empresa, José Adelmário Pinheiro Filho; o vice-presidente do Conselho de Administração, Mateus Coutinho de Sá Oliveira; o diretor Agenor Franklin Magalhães Medeiros e o funcionário José Ricardo Nogueira Breghirolli.

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