Por felipe.martins

Rio - Na sexta-feira foi divulgado o resultado do PIB (soma de todas as riquezas produzidas na economia) do ano de 2014. O indicador de 0,1% aponta que a economia ficou estagnada. O resultado é muito ruim, mas foi até comemorado, porque os especialistas esperavam um número negativo. Em outras palavras, a economia não encolheu, mas também não cresceu, ficando praticamente no mesmo lugar. Olhando só o último trimestre de outubro a dezembro de 2014, crescemos 0,3%, o que sinaliza um discreta melhora.

O chamado PIB per capta diminuiu pela primeira vez desde 2009. Ou seja, se dividirmos o valor do PIB todo pela quantidade de pessoas no Brasil, o resultado é que o brasileiro empobreceu. Outro dado muito relevante tem a ver com os investimentos produtivos — aqueles que geram novos negócios e empregos, e não o dinheiro da especulação financeira, que caiu absurdamente. A poupança do país encolheu, o que mostra que o governo continua a gastar muito e as pessoas a usarem as suas reservas.

O consumo das famílias, que turbinou a economia nos últimos anos, perdeu força e teve o menor crescimento dos últimos tempos, mostrando o freio que há no comércio e nos negócios em geral da economia. Em meio a esse clima ruim, o ministro Joaquim Levy foi ao Senado explicar as medidas de ajustes propostas pelo governo. Ele deu uma aula de coerência, colocou o dedo nas feridas e apresentou coerência nas propostas. O problema dos ajustes é a frustração de parte da população com a deterioração rápida do ambiente econômico. Para isso, vale lembrar que a Páscoa está aí e que a ressurreição de Cristo alimenta a crença de que milagres são possíveis.

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