Por bferreira

Rio - É muito comum encontrarmos pessoas com dúvidas a respeito da melhor forma de fazer um plano de aposentadoria. É preciso estar atentos ao fato de que os planos de previdência privada complementar estão sujeitos a influência dos períodos de crise, da mesma forma que os demais segmentos da economia.

Os bancos que oferecem os respectivos planos estão expostos a toda sorte de problemas econômicos que hoje enfrentamos. Cabe ressaltar que, pelo que se tem constatado, o retorno esperado da previdência privada, ao longo do tempo, têm sido mais positivo do que a Previdência Social, o sistema oficial. Além disso, os riscos envolvidos estão dentro de parâmetros razoáveis.

Abaixo, saiba mais sobre as opções de investimentos para o futuro.

Por Jair Abreu Júnior

PERGUNTA E RESPOSTA

“Fiz um plano de previdência privada em 2014 para resgate em dez anos,no valor de R$ 6.100. Na hora de declarar Imposto de Renda, fiz primeiro sem o plano e depois fiz uma retificadora.
Minha restituição aumentou R$ 994. Fiz um bom investimento?”

Fabio, Marechal Hermes

Fabio, tudo depende de suas expectativas futuras em termos de retorno financeiro, e também do padrão de vida que você pretende ter. É preciso ter muito cuidado na escolha da instituição financeira com a qual você fez a transação, pois como se trata de um investimento de longo prazo, é de suma importância estar informado sobre a estrutura financeira e administrativa/legal da mesma. Isso pode representar uma grande dor de cabeça no futuro, se algo não funcionar como o esperado.

Procure saber no mercado e em órgãos oficiais (reguladores) como está a situação da instituição, dessa forma estará mais tranquilo.

Sua decisão foi correta, pois é quase impossível viver no Brasil contando somente com a Previdência Social, que apresenta sinais claros de deterioração. Existem outras formas de investir no futuro, e todas apresentam seu grau de risco relativo.

Há pessoas que preferem manter seus recursos na caderneta de poupança, na aquisição de títulos do Tesouro Direto, em ouro, entre outros. O investimento em poupança representa perda de recursos financeiros, pois rende 7% ao ano, aproximadamente, enquanto a inflação anual é maior, ou seja, não remunera o suficiente para preservar o poder de compra.

Outra possibilidade seria investir nos fundos DI, que rendem cerca de 90% do CDI (Selic), hoje em torno de 13% ao ano, o que equivale a um rendimento de 11,3% ao ano. Considerando o Imposto de Renda máximo de 22,5%, teríamos retorno anual de 8,8%, bem superior aos 7% da poupança. Tudo varia em função do montante disponível para investir, e do quanto se está disposto a correr riscos. A faixa etária também tem importância nesse sentido, uma vez que quanto mais tempo se tem para investir, melhor será o resultado.

Jair Abreu Júnior é coordenador em Gestão Financeira da Universidade Estácio de Sá

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