Por thiago.antunes

Pequim (China) - A inflação anual ao consumidor da China subiu para 1,5 por cento em abril e os preços ao produtor caíram pelo 37º mês consecutivo, em 4,6 por cento, aumentando as preocupações sobre as crescentes pressões deflacionárias que devem desencadear uma flexibilização maior da política econômica.

A inflação anual foi de 1,5 por cento em abril, informou o departamento nacional de estatísticas no sábado, contra 1,4 por cento em março, mas abaixo do 1,6 por cento previsto por analistas. Um salto sazonal nos preços dos alimentos à parte, alguns economistas disseram que os números apontam para pressões moderadas nos preços e demanda doméstica fraca na segunda maior economia do mundo.

"Os preços ao consumidor mantiveram-se lentos em abril e o risco de deflação ainda perdura", afirmaram os analistas da Haitong Securities em nota. "Há uma necessidade de cortar as taxas de juros novamente."

Preocupado com a economia da China, cujo crescimento arrefeceu para 7 por cento nos primeiros três meses deste ano, o banco central cortou as taxas de juros e afrouxou reservas dos bancos quatro vezes em seis meses.

O banco central reconheceu os desafios de crescimento na sexta-feira, quando disse que a China não vai adotar uma política monetária apertada demais nem frouxa demais para ajudar a sustentar a economia, que enfrenta obstáculos e um cenário benigno de inflação.

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