Por bferreira

Rio - Chefes com pouco equilíbrio emocional ou incompetentes deixam as equipes de trabalho desmotivadas e improdutivas. Tal problema em um primeiro momento parece ser isolado, mas é mais comum que muita gente pensa ou imagina.

Pesquisas acadêmicas mostram que sete em cada 10 funcionários afirmam que seus chefes provocam situações de estresse no dia a dia das empresas, muitas delas totalmente desnecessárias. Os conflitos são gerados, nestes casos, por gestores que não foram preparados para liderar, não suportando pressão por resultados e não gerenciando situações críticas no ambiente de trabalho.

Se você vive uma situação dessas, confira abaixo dicas sobre como proceder de forma ética e profissional.

Por Janaina Ferreira

PERGUNTA E RESPOSTA

“Tenho um chefe muito difícil de lidar. Só fala com a gente aos berros ou nunca deixa claro realmente o que quer. Até gosto dele, mas não tenho intimidade de falar que esse jeito de chefiar magoa a mim e aos meus colegas. Sempre nos passa a sensação que somos incompetentes e só ele sabe das coisas. Fico na dúvida se continuo engolindo os sapos ou parto para outro emprego, com chefia diferente, mesmo que para isso tenha que abrir mão de parte de meu salário.”

Michel, Saens Penha

Olá, Michel! Você faz parte de uma legião de funcionários que lidam com chefes que não foram treinados para a função e que não conseguem manter o equilíbrio diante das contínuas mudanças no mercado de trabalho. Tais alterações são acompanhadas por pressão por resultados cada vez mais rígidas. Somente os bons gestores conseguem gerenciar os conflitos da equipe, planejar e coordenar as tarefas, além de filtrar as pesadas cobranças que recebem de seus superiores na empresa.

Algumas vezes promovidos sem treinamento e sem as competências necessárias, os chefes ficam confusos com o volume de cobranças e acabam transferindo a desordem para suas equipes. A confusão é comprovada quando eles criticam seu próprio time, uma vez que falar mal da equipe é atestar a própria inabilidade.

Profissionais que lidam com este tipo de gestor acabam pedindo demissão do chefe, não da empresa na qual atuam. Desta forma, eles estão dando um “basta” ao assédio moral e às situações onde têm poucas chances de crescimento profissional. Mas se você estiver em uma boa empresa, antes de pedir demissão, sugiro que converse com a área de Recursos Humanos para investigar a possibilidade de mudar de setor.

A conversa precisa ser muito bem conduzida, de forma objetiva, clara e muito honesta. É importante manter a paciência até que a situação se defina na atual empresa. Caso isso não ocorra, cabe refletir sobre a mudança de emprego, sempre considerando que chefias assim podem ser encontradas em qualquer empresa.

Janaina Ferreira é professora do Ibmec-RJ. Amanhã, Sucesso nas Finanças

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