Por bferreira

Rio - Uma consequência dessa época de economia em crise é a mudança no mercado de veículos, tanto de novos, como de usados. As vendas de carro zero caíram drasticamente e quase todas as montadoras estão demitindo ou concedendo férias coletivas para seus funcionários. Para tentar incrementar as vendas de veículos novos, as revendedoras voltaram a pagar bem na avaliação do carro usado, na troca por zero e dar facilidades na forma de pagamento.

Até o ano passado, o carro usado era aceito como parte do pagamento do novo por um valor de 35% até 50% menos em relação às tabelas e sites especializados. Agora estão pagando até 100% do valor de mercado e ainda oferecerem mimos para quem fechar o carro novo. IPVA, jogo de tapetes e emplacamento grátis são itens que podem ser negociados.

Há também a volta da velha operação “Troco na Troca”, em que a pessoa vende o seu carro semi novo para a concessionária, deixa uma parte como sinal na compra de um carro zero financiado e fica com o diferença (troco). Para quem está apertado no orçamento ou com dívidas, pode ser interessante. Com o dinheiro que “sobra” na operação a pessoa pode quitar as dívidas. O atrativo dessa operação é que muitas montadoras estão financiando o carro zero sem juros.

Funciona mais ou menos assim: vende-se o carro usado por R$ 26 mil, por exemplo. Desse recurso, são usados R$ 16 mil como sinal de 40% de um carro zero que custa R$ 40 mil, passa a pagar 36 parcelas fixas, sem juros de R$667, mais alguma taxa e IOF, que não chega a R$700 mensais. Com a sobra de R$ 10 mil, o consumidor paga as dívidas.

Como a prestação não tem juros e as dívidas em atraso têm juros e multas, a pessoa se livra das contas e passeia por aí de carro zero.

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