Por bferreira

Rio - Existem algumas falhas provocadas pelo efeito “tempo de casa” e a principal delas é a acomodação por estar no mesmo emprego há muito tempo. Ela é silenciosa, se instala lentamente e produz outros problemas que podem resultar em demissão de profissional que um dia foi excelente, mas que atualmente vive, sem perceber, das conquistas do começo da carreira.

Hoje, o empregado-referência precisa trabalhar em equipe para ser bem visto. Não pode ser teimoso e querer fazer as coisas apenas do jeito que está acostumado. Necessita desapegar de uma ideia que não foi aceita pelos colegas e experimentar novas porque os desafios surgem todos os dias. Para as empresas, o trabalho que dá maiores resultados é de equipe, então o time precisa estar em sintonia.

Por Janaina Ferreira

PERGUNTA E RESPOSTA

“As vezes me sinto um pouco acomodado no trabalho, sei que isso não é bem visto em nenhuma empresa. Como melhorar minha situação?”

Ricardo Silva, Campos

Ricardo, as empresas querem funcionários proativos, que se dediquem ao trabalho, que se envolvam inteiramente nos processos e que tenham ideias para melhorá-los. E um funcionário acomodado apresenta alguns comportamentos nada bem vistos pelas empresas, como a falta de dedicação pelo trabalho, não investir em autodesenvolvimento e um terceiro sintoma da acomodação é a falta de criatividade no trabalho, a mesmice toma conta e o funcionário começa a cumprir suas obrigações de forma mecânica.

Muitos trabalhadores antigos não recebem promoção por anos a fio, por isso, não se motivam a investir em cursos de aperfeiçoamento, a desenvolver novas competências. Eles ficam tantos anos nos mesmos cargos que criam a ilusão de que estão com seus empregos garantidos porque ninguém na empresa sabe fazer seu trabalho. Não investir em autodesenvolvimento além de ser uma grande armadilha, já que nenhum emprego está garantido e que também ficamos obsoletos, não é uma escolha coerente. Adquirir conhecimento é investimento na carreira. Costumo dizer que conhecimento é sinônimo de liberdade.

Também é importante ser flexível para conseguir acompanhar o ritmo da empresa, do mercado e lidar com situações estressantes decorrentes dessas mudanças. Isso significa ouvir os colegas, as críticas, estar aberto ao diálogo e estar disposto a melhorar continuamente.

O funcionário mais antigo pode e deve promover a integração dos novatos, por exemplo, convidando-os para almoçar com seu grupo mais velho. Vale ressaltar que não se deve apresentar sugestões de melhoria a novatos para executar melhor suas funções ou aprimorar processos com os quais esteja envolvido. Também não é legal incomodar-se algumas vezes ou rejeitar as ideias mais novos, até porque, se não contribuem, não terão espaço para crescer na empresa.

Janaina Ferreira é professora do Ibmec-RJ. Amanhã, Sucesso nas Finanças

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