Por bferreira

Rio - No dia seguinte à proposta de reduzir a meta fiscal para R$ 8,7 bilhões, o país teve sua nota de crédito rebaixada por uma das agências de classificação de risco. A Austin Rating baixou a nota de crédito de longo prazo BBB- BB+. Assim, o país perde o status de bom pagador perante investidores nacionais e internacionais. Outro órgão de classificação de risco, a Fitch Ratings, informou que vai reavaliar as tendências fiscais do país, para balizar decisão se também rebaixar a avaliação brasileira, devido aos cortes do governo nas metas de superávit primário.

Também influenciado pela medida do governo, o dólar fechou ontem com alta de 2,17%. A moeda foi negociada a R$ 3,2958, a maior cotação desde março. A bolsa de valores repercutiu a divulgação do governo. O Ibovespa caiu 2,18%, a 49.806 pontos, menor patamar desde março.

“Teremos um fim de ano sem importados. A tendência é do dólar continuar em alta, o que terá reflexo também em material de limpeza e remédios. Para o consumidor a saída é poupar o que puder e não gastar mais. Toda essa movimentação do governo é resultado da queda da arrecadação da alta do desemprego e da falta de investimentos”, analisa Marco Aurélio Cabral, professor de Economia da Universidade Federal Fluminense (UFF).

ALTA DOS JUROS DO FIES

Estudantes que buscarem crédito para pagar os estudos pelo Fundo de Financiamento do Ensino Superior (Fies) vão arcar com juros mais altos. Ontem o Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou a elevação das taxas de 3,4% para 6,5% ao ano. Conforme o governo, patamar maior valerá para novos contratos.

O Ministério da Fazenda divulgou nota para justificar a elevação. Segundo a pastar, é para “realizar um realinhamento da taxa de juros devido ao cenário fiscal e à necessidade de ajuste fiscal”.

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