Por fernanda.macedo

Brasília - Depois de um dia de forte oscilação, o dólar comercial opera em baixa, na manhã desta sexta-feira. Às 9h19, o dólar estava cotado a R$ 3,89, chegou a R$ 3,93, por volta de 9h40 e às 10h estava em R$ 3,91. Nesta quinta-feira, a moeda chegou a R$ 4,248 na máxima do dia, por volta das 10h30, mas fechou cotada a R$ 3,99.

A cotação passou a cair depois que o presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, não descartou a possibilidade de venda de dólares das reservas internacionais, no mercado à vista. Essa venda não é feita desde fevereiro de 2009.

“Todos os instrumentos estão no raio de ação do Banco Central caso seja necessário”, disse Tombini, que participou, pela primeira vez, do início da coletiva de imprensa sobre o Relatório Trimestral de Inflação, divulgado nesta quinta-feira. 

Cotação passou a cair após o presidente do BC não descartar possibilidade de venda de dólares das reservas internacionaisReprodução Internet

A autoridade monetária renovou integralmente 9,4 mil contratos de swap cambial (operação equivalente à venda de dólares no mercado futuro) que venceriam em outubro e leiloou 20 mil (US$ 1 bilhão) novos contratos com vencimento em 1º de setembro de 2016.

Para esta sexta-feira, o BC faz mais um leilão de swap, também de US$ 1 bilhão, além de rolagem (renovação) de contratos. O BC também atua hoje com um leilão de venda de até US$ 1 bilhão das reservas, com compromisso de recompra em janeiro de 2016.

As reservas internacionais funcionam como um instrumento de segurança para o país em caso de crise no mercado de câmbio. Normalmente, o BC evita vender diretamente recursos das reservas para não comprometer esse mecanismo de proteção, preferindo operações no mercado futuro, como os swaps cambiais, que transferem a demanda pela moeda norte-americana do presente para o futuro. Em caso de turbulência severa, no entanto, a autoridade monetária pode lançar mão das reservas cambiais.

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