Brasília - O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, sinalizou ontem que é necessário, ainda, tomar uma série de decisões fiscais antes de esperar queda dos juros. Ele foi questionado, em audiência pública na Câmara dos Deputados, sobre o alto patamar da taxa Selic (juros oficiais do país), que encarece o crédito para a população e afasta os investidores.
Em resposta, o ministro disse que, em 2012, a Selic no país estava com a taxa na metade do atual, “mas isso teve que ser revisto por causa de mudanças no quadro das contas públicas, quando as despesas federais começaram a subir e, consequentemente, a inflação também”, explicou Levy.
O ministro disse, ainda, que uma melhora no cenário fiscal atual permitiria que os juros convergissem para valores menores, o que “estimularia investimentos, a tomada de risco por empresas e pessoas”. A diminuição dos juros, segundo ele, é muito importante, mas depende muito do equilíbrio fiscal, da poupança pública e da poupança privada.