Por fernanda.macedo
Rio - A taxa de desocupação do País foi estimada em 9% no trimestre móvel encerrado em outubro de 2015 (agosto, setembro e outubro), ficando muito acima da taxa do mesmo trimestre do ano anterior (6,6%). A população desocupada cresceu 5,3% no período, chegando a 9,1 milhões de pessoas após o acréscimo de 455 mil pessoas nessa categoria. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Na comparação com o trimestre móvel encerrado em julho também houve alta (8,6%). Em relação ao trimestre de maio a julho e subiu 38,3% (mais 2,5 milhões de pessoas) no confronto com igual trimestre de 2014. Já a população ocupada (92,3 milhões de pessoas) ficou estável em ambas as comparações. Uma explicação possível  para a manutenção do percentual de pessoas ocupadas simultaneamente ao aumento de desocupadas é que mais pessoas estão procurando emprego, o que eleva o contingente da População Economicamente Ativa (PEA).
Taxa de desemprego sobe de 6,6% para 9% em um ano, aponta IBGEDivulgação

O número de empregados com carteira assinada recuou 1,0% (menos 359 mil pessoas) frente ao trimestre encerrado em julho e caiu 3,2% (menos 1,2 milhão de pessoas) frente a igual trimestre de 2014. O rendimento médio real habitualmente recebido (descontada a inflação) em todos os trabalhos (R$ 1.895) ficou estável frente ao trimestre de maio a julho (R$ 1.907) e em relação ao mesmo trimestre de 2014 (R$ 1.914). A massa de rendimento real habitualmente recebida em todos os trabalhos para o trimestre encerrado em outubro (R$ 169,6 bilhões) também não apresentou variação estatisticamente significativa em ambos os períodos de comparação.

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Os indicadores da Pnad Contínua são calculados para trimestres móveis, utilizando-se as informações dos últimos três meses consecutivos da pesquisa. A pesquisa é realizada mensalmente por meio de uma amostra de domicílios, extraída de uma amostra mestra, de forma a garantir a representatividade dos resultados para os diversos níveis geográficos definidos para sua divulgação. A cada trimestre, são investigados 211.344 domicílios particulares permanentes, em aproximadamente 16 mil setores censitários, distribuídos em cerca de 3,5 mil municípios.