Por felipe.martins

Rio -  O setor imobiliário receberá injeção de ânimo com a destinação de mais recursos para o financiamento de imóveis. Ontem, o Conselho Curador do FGTS aprovou aumentar em R$ 21,7 bilhões o orçamento de investimentos para a área de habitação este ano. Com a medida, aprovada por unanimidade, o governo espera beneficiar cerca de 140 mil famílias no país. O orçamento total do fundo em 2016 passa de R$ 83,6 bilhões para R$104,7 bilhões.

Do montante adicionado, R$ 11,7 bilhões serão destinados a investimentos tradicionais de habitação, principalmente ao programa Pró-cotista (R$ 8,2 bilhões). A modalidade, voltada a quem tem conta no FGTS, oferece financiamento com juros de 8,66% ao ano, mais TR.

Segundo a agência Estadão Conteúdo, os outros R$10 bilhões serão referentes à emissão de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI). Nessa modalidade, os bancos emitem títulos captados pelo fundo, injetando nas instituições recursos direcionados ao setor imobiliário. O FGTS contrata esse papéis a uma taxa de 7,5% ao ano, mas os juros que chegam ao consumidor são definidos pelas instituições financeiras.

Nos dois casos, os financiamentos têm limite de até R$ 750 mil por imóvel, com diferentes subfaixas que contemplam habitações de valor popular (até R$ 225 mil) e intermediário (até R$ 500 mil). O conselho do FGTS considera que a média do valor dos imóveis financiados será de R$ 155 mil.

“É contribuição importante na oferta de habitação, na geração de trabalho e emprego e na dinamização da economia”, afirmou o ministro do Trabalho e Previdência Social, Miguel Rossetto. De acordo com o secretário-executivo do conselho curador do fundo, Quênio Cerqueira, o pagamento integral das chamadas “pedaladas fiscais” feito em dezembro contribuiu para a liquidez do Fundo, mas não pode ser creditado como o motivador da decisão de hoje. Segundo Cerqueira, o valor já estava nas contas do conselho, mas com a expectativa de que seria quitado de forma parcelada.

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