Rio - Cerca de mil profissionais da Educação estão fazendo um ato em frente à Prefeitura do Rio, na tarde desta terça-feira, onde aguardam o término da reunião entre os representantes do Sindicado Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe) e os representantes da secretaria municipal de Educação.
Um outro grupo, com aproximadamente 500 profissionais da rede estadual, está saindo da Cinelândia em direção à Assembleia Legislativa do Estado do Rio (Alerj), onde será realizada uma assembleia para decidir os rumos da greve. A Avenida Rio Branco encontra-se interditada na altura da Rua Araújo Porto Alegre.
Greve continua
Em decisão surpreendente na assembleia realizada nesta segunda-feira, no Terreirão do Samba, a maioria dos cerca de dez mil profissionais de Educação presentes optou por continuar a paralisação. No entendimento deles, um posicionamento do governo municipal quanto às reivindicações de caráter pedagógico é tão importante quanto as conquistas obtidas na última sexta, quando a prefeitura acatou pleitos trabalhistas.
Uma retomada imediata das atividades foi considerada arriscada pela maioria, que acreditava que não seria mais ouvida caso voltasse ao serviço. “A greve não é por salários, é por mudanças na educação. Não posso voltar às salas de aula sem levar nada para os meus alunos. Será que avançaremos nesses pontos depois de voltarmos ao serviço?”, questionou a professora Jane Rodrigues, referindo-se a questões como a garantia de um terço da carga horária para o planejamento de atividades, a volta dos seis tempos diários de aula e a diminuição do número de alunos por turma.
Em nota, a prefeitura se disse surpresa com a decisão dos grevistas e lamentou que os alunos continuem sem aula.