Rio - Os profissionais de Educação da rede municipal de ensino decidiram, em assembleia realizada na tarde de ontem, na Praça 15, ao lado o Paço Imperial, manter a greve iniciada em 8 de agosto. O Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe-RJ) informou que haverá nova reunião na sexta-feira, às 10h, para nova avaliação.
Um dos principais motivos para a decisão, segundo o sindicato, foi o fato de a prefeitura não ter atendido à totalidade das reivindicações por melhorias pedagógicas. A categoria também reivindica que a prefeitura adiante o pagamento do reajuste de 8% propostos, em cima do piso, que será vinculado ao plano de cargos e salários.
Na quarta-feira, os representantes do Sepe tiveram reunião com a secretária municipal de Educação, Cláudia Costin, e disseram que houve avanços nas propostas. Entretanto, a ata da reunião não foi aprovada pelos professores ontem. A secretária se disse surpresa com a decisão de ontem. “O sindicato saiu da reunião dizendo que tínhamos feito grandes avanços, mas vamos manter nossa parte do acordo na parte pedagógica e também na parte do aumento e de enviar, em 30 dias, para a Câmara o novo plano de carreira”.
Além do reajuste e do novo plano de carreira, a categoria reivindica, entre outras coisas, a garantia de um terço da carga horária para planejamento das aulas, redução do número de alunos por turma, destinação de 25% das verbas para a educação, melhorias físicas nas escolas, aprovação do novo plano de carreira, aulas de espanhol para todos e volta da grade curricular de seis tempos por dia.
Ao fim da assembleia, às 18h, milhares de professores saíram em passeata até a Cinelândia, fechando temporariamente a Rio Branco, e ruas da Assembleia e 1º de Março.
