Por cadu.bruno

Rio - Cerca de 60 profissionais da rede municipal de ensino estão acampados no plenário da Câmara Municipal, no Centro, na manhã desta sexta-feira. Uma assembleia é realizada do lado de fora da Casa, ainda nesta sexta, para definir os rumos da greve.

De acordo com os profissionais, o plenário continuará ocupado caso a greve continue. Eles pretendem ficar no local pelo menos até a próxima terça-feira, quando foi marcada nova votação do plano de cargos e salários dos profissionais da educação.

Professores passam a noite na Câmara Municipal e prometem continuar no localSeverino Silva / Agência O Dia


A sessão extraordinária desta quinta-feira na Câmara foi suspensa por conta do protesto que foi realizado no local. Os professores tomaram as galerias e o plenário da Casa. Na ocasião seria votado o plano de cargos e salários dos profissionais da educação.

Mais cedo, houve confusão em frente à Câmara. Cerca de 500 pessoas tentavam entrar no legislativo para acompanhar a votação. Os professores reclamaram durante a distribuição das senhas e disseram que os números se esgotaram muito rápido.

Os profissionais são contra a votação do projeto apresentado pelo prefeito Eduardo Paes. O plano enviado na última semana pela prefeitura foi criticado pelos docentes, que retomaram a greve na última sexta-feira. Por volta das 17h, o vereador Paulo Messina (PV), enviou uma mensagem de texto a Suzana Gutierrez, do Sepe. Ele perguntou se “podia ir à assembleia (de hoje) para apresentar as emendas ao plano do governo”, proposta rejeitada pelos professores.

Os vereadores da base do governo foram escoltados por PMs para deixar a Câmara. Quando passou pelo plenário, Jorge Felippe (PMDB), bateu boca com membros do Sepe. “Nós queremos um plano de cargos justo, vereador”, gritou um professor. Em resposta, Felippe disse que alguns educadores aceitaram o plano de cargos do governo.

Paes declarou nesta quarta, no Palácio da Cidade, que não decidiu se vai cortar o ponto dos servidores do município em greve. O Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe) informou que também vai recorrer dessa decisão. O prefeito voltou a criticar o Sepe e disse que foi “ingênuo” em acreditar no sindicato: “Fizemos dez reuniões, participei de três, demos cafezinho, água e demorei a entender a real intenção deles”.

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