Rio - Em assembleia realizada nesta quarta-feira, os professores da rede estadual decidiram manter a greve no setor, que ocorre desde o dia 8 de agosto. Uma nova assembleia foi marcada para terça-feira, para rediscutir o movimento. As principais reivindicações dos doscentes são reajuste de 28%, atuação em apenas uma unidade escolar e respeito ao plano de carreira.
Na segunda-feira, as redes estadual e municipal vão participar de um ato, organizado por diversas entidades do movimento civil contra a violência da PM contra os professores nesta terça-feira. A concentração para o ato será às 17h, na Candelária, seguida de passeata até a Cinelândia.
Ato contra violência em protesto nesta terça-feira
Cerca de a Câmara Municipal, na tarde desta quarta-feira, para participar do ato de repúdio contra a violência policial contra ativistas e professores, durante a votação do novo Plano de Cargos, Carreiras e Salários, nesta terça-feira. Cerca de 50 pessoas estão no local.
Gabriel Coutinho, 22 anos, estudante de administração da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), falou sobre o episódio. "O que aconteceu foi inaceitável. Presenciei ao menos 5 pessoas desmaiando por causa do gás e se é uma arma não letal, as pessoas não deveriam estar desmaiando. Apesar da probição, presenciei policiais disparando com bala de borracha.
Mesmo com esses acontecimentos estarem ocorrendo em todas as manifestações, considero que ontem foi simbólico, uma data limite para que as pessoas protestem e que esse tipo de coisa pare imediatamente. a ação da polícia está gerando uma revolta popular maior", disse.
Um homem que está acampado no local, que se identificou como Mais um Amarildo, de 29 anos, demonstrou indignação. "Nosso santo deve ser muito forte porque até hoje estamos conseguindo mantar nossas barracas de pé. Passei para a barraca ao lado, pois a minha foi atingida por uma bomba de feito moral. Após a proibição da utilização de balas de borracha, as armas dos PMs foram são os cassetetes. Presenciamos policiais airando bombas de gás no corpo das pessoas, como se faziam com as balas de borracha. Atiraram os latões de gás à queima-roupa. Queremos respeito e mudança completa", afirmou.
Vereadores pedem ao TJ que sessão seja anulada
Na tarde desta quarta-feira, nove vereadores de oposição deram entrada no mandado de segurança que pede a anulação da sessão parlamentar desta terça-feira. O vereador Eliomar Coelho (Psol) informou que a decisão deve sair nesta quinta-feira.
A ação judicial pretende invalidar as votações ocorridas nesta terça-feira "por entender que a sessão ocorreu em meio a grande tumulto, uma vez que bombas podiam ser ouvidas do lado de fora da Câmara e o cheiro de gás de pimenta era sentido dentro do plenário".
O documento alega ainda que o artigo 61 da Lei Orgânica foi desrespeitado uma vez que o mesmo determina que as sessões plenárias devam ser abertas ao público e as imagens da própria mídia mostram que o mesmo estava fechado, assim como o acesso à Câmara não foi garantido.
Além de Eliomar Coelho, os vereadores que assinam o mandado de segurança são: Renato Cinco (Psol), Paulo Pinheiro (Psol), Jefferson Moura (Psol), Reimont (PT), Leonel Brizola Neto (PDT), Márcio Garcia (PR), Verônica Costa (PR) e Teresa Bergher (PSDB).