Por bianca.lobianco
Rio - Férias chegando e muitos estudantes ainda se debruçam sobre livros e apostilas para tentar passar de ano. Sinônimo de tensão para pais e bicho-papão para os filhos, a recuperação nada mais é do que uma segunda chance para obter a média exigida pelas escolas. Às vésperas do fim do ano, é preciso dividir as tarefas, diminuir o tempo em frente ao computador e somar disciplina, esforço e dedicação que, provavelmente, não foram empregados ao longo do ano.

Educadores são unânimes em afirmar que, neste momento de ansiedade, o apoio da família é essencial para ajudá-los a atravessar a fase com boas notas e mais preparados para o próximo ano letivo. “Pais não devem brigar, mas mostrar que é possível virar o jogo”, diz Jordan Piva, diretor do Colégio e Curso Pensi.

Daniel Henriques%2C aluno do curso Pensi%2C na Tijuca%2C com sua mãe%2C Andrize Rodrigues%2C que o apoia na recuperação%3A 'Pais não devem brigar%2C mas mostrar que é possível'Bruno de Lima / Agência O Dia

É que faz Andrize Henriques, 48 anos, em relação ao filho Daniel Henriques, 16, aluno do 2º ano do Ensino Médio que está em recuperação em Física e Química. "Não dou castigo mas o chamo para a responsabilidade. Mostro que precisa abrir mão de algo que gosta para conquistar o que deseja mais à frente", ensina a mãe que incentiva o filho nos estudos de olho na faculdade de Engenharia Aeronáutica. “O meu mais velho conseguiu ser aprovado no mesmo curso para o ITA só no segundo vestibular. Ele quer ir pelo mesmo caminho”, conta Andrize.

O ideal é fazer programas de reforço, após o término de cada conteúdo extenso para resgatar os que ficaram para trás. Mas se não for suficiente para melhorar o desempenho dos alunos, o melhor é revisar a matéria priorizando tópicos importantes.
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“O que ele perde numa série fará falta no ano seguinte, pois as disciplinas são cumulativas. Se deixar, vira uma bola de neve”, orienta o professor de Português, Heitor Victor, coordenador do Ensino Médio do Colégio Alfa Cem Bilíngue. Ele explica que o mais comum é ir para a recuperação os que não se dedicaram aos estudos. “É a maioria. Esses, geralmente, ficam em várias matérias. Há aqueles que têm dificuldades específicas e outros que precisam de ajuda profissional. São bons alunos, sabem o conteúdo mas ficam nervosos na prova”, observa Victor.

Veja as dicas
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1. Durma, no mínimo, oito horas por noite. Estudante que tem uma boa noite de sono fixa o conteúdo ensinado durante o dia e aprende melhor.
2. O mais importante é não se desesperar e querer, em duas semanas, revisar o conteúdo do ano todo.
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3. Destaque os assuntos principais marcando com canetinha verde ou copiando em outro caderno, para fixar melhor o aprendizado.
4. Faça um planejamento, estudando por tópicos, na ordem em que forem dados, delimitando o tempo para cada matéria.
5. Oriente a revisão para as matérias que têm mais dificuldade, passando em seguida para as menos complicadas.
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6. O ideal é reservar duas horas por dia, além da escola, para rever todas as disciplinas.
7. Após esse período de estudo, tire um intervalo de descanso para ver TV, ouvir música, jogar videogames.
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8. Não adianta estudar oito horas num dia e passar outros três sem olhar para os cadernos e livros.
9. Se os pais não tiverem tempo, procure um professor particular para acompanhar o aluno.
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10. Com a ajuda dos professores, selecione os temas mais importantes de cada disciplina.

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