São Paulo - Quem mora em imóveis pequenos sabe a importância de se valorizar cada metro quadrado. No quarto, ao lado das portas de correr, a cama box é uma das saídas mais recomendadas para isso. O modelo dispensa a estrutura das camas convencionais e permite ter mais área livre – cerca de quatro a seis centímetros nas laterais e na pezeira, além de outros 30 cm na cabeceira. Mas as vantagens não param por aí. Mais resistentes por terem seis pés, alguns modelos ainda contam com baús ou gavetas na parte interna. O espaço extra (de abertura muitas vezes automática) pode receber travesseiros e roupas de cama, dispensando o uso de armários. Mas o grande destaque é o encaixe perfeito do colchão na estrutura, sendo possível adaptar modelos muito altos em boxes mais baixos.
A desvantagem, no entanto, aparece nos modelos conjugados, isto é, aqueles cuja estrutura vem fixada ao colchão, que desta forma se torna mais difícil de ser coberto com lençóis ou protetores. Outro aspecto que desfavorece algumas opções desse modelo é a existência de uma divisão central na estrutura de base, que afeta o conforto na hora de dormir, por mais espesso que seja o colchão. E, pior, neste caso, se alguma peça for danificada, todo o conjunto estará comprometido (inclusive o colchão).
Os modelos de cama box não incluem cabeceira, mas isso pode ser uma vantagem, já que o preço do produto cai cerca de 40% e, com um pouco de criatividade, é fácil improvisar a estrutura. “Hoje, o mercado oferece modelos de cama box por R$ 310 (sem o colchão) até R$ 7 mil (com sistemas articulados)”, afirma Fabio Rabelo, supervisor da Copel Colchões.
Para criar uma cabeceira personalizada, aposte em papéis de parede, tecidos e painéis. “Mas, o melhor tipo de cabeceira é aquele levemente inclinado. Os modelos retos (e isso vale para os painéis) deixam o travesseiro em posições desconfortáveis, o que gera dores nas costas e na nuca”, diz Márcia Espindola, designer e proprietária da Madeira Bonita.
A escolha do tipo colchão é mais um aspecto que gera dúvidas. As famosas molas ensacadas são as preferidas por se adaptarem às curvas do corpo. No entanto, a flexibilidade nas extremidades tira o conforto em camas conjugadas divididas ao meio na base. Além disso, as molas não apresentam muita resistência e serão prejudiciais para aqueles que tiverem mais de cem quilos. Outro aspecto importante a ser investigado é a qualidade da espuma. Produtos em látex (material natural muito resistente) e visco elástico (que se molda perfeitamente ao corpo) são os recomendados pelos especialistas.
A manutenção da cama box também pede atenção. Como o modelo deixa o tecido do acabamento mais exposto, a poeira do ambiente também irá acumular com maior frequência na superfície. Para amenizar o impacto, limpe com panos umedecidos e aposte em colchas e acolchoados. Modelos de camas box tradicionais têm ainda a alternativa de cobrir a parte inferior com uma espécie de saia protetora. “A colcha adaptada é vendida em lojas especializadas, protege o tecido e traz facilidade na hora da limpeza, pois permite lavagem de tempos em tempos”, afirma João Flávio Nogueira, diretor da Líder Colchões.
As informações são de Bruna Bessi