São Paulo - Depois de um ano fora de cena, a Mostra Black inaugura nesta quarta-feira sua quarta edição. Desta vez, ocupando um dos andares da Oca – Museu da Cidade – no Parque do Ibirapuera, em São Paulo. O evento de decoração traz 14 ambientes exclusivos, assinados por nomes importantes da arquitetura brasileira, como Roberto Migotto, João Armentano, Débora Aguiar e Guilherme Torres.
A proposta é levar novas ideias de design, arte e arquitetura à cena paulistana. "Como num desfile de moda de alta costura, a mostra apresenta ambientes mais conceituais e com forte pesquisa de material, além de muitas peças de arte", afirma Roberto Migotto, feliz por poder se expressar mais livremente do que em projetos pagos, onde o gosto e as necessidades do cliente se sobressaem.
É o caso do projeto que expõe. Com a escultura "Monalisa" do artista pernambucano Iran Vilela e muitos elementos orgânicos, como a parede em "S" que faz divisória entre a área do lounge e da sala de jantar, o arquiteto explora a sensualidade: "Me inspirei na própria obra de Niemeyer (criador da Oca) e suas curvas femininas", explica.
A novidade desse ano será a área externa, projeto de expansão que convida o público a interagir com a mostra sem ter de pagar por isso. O espaço público receberá contêiners, chamados de "Black Box" e ocupados com exposições da Universidade Belas Artes, da Prefeitura de SP e da marca Prototype, além de uma rádio e da loja de design Armazém do Marton, que terá produtos a partir de R$ 50.
"Ao longo do ano, o boxes poderão servir como uma versão pocket da mostra ligada a outros eventos de design em qualquer lugar do Brasil ou época do ano", explica Raquel Silveira, curadora da Black.
