Rio - Com o objetivo de economizar ou de evitar burocracias, alguns proprietários encontram na locação direta a solução para alugar sem precisar recorrer a administradoras e imobiliárias. No entanto, segundo especialistas, esta negociação pode trazer mais prejuízos que vantagens. Um dos problemas mais frequentes é a inadimplência.
“Muitos locatários só nos procuram quando já sofreram aborrecimentos com a negociação direta. Essa história é até clássica, mas ultimamente os nossos captadores percebem uma maior intensidade nesse tipo de ocorrência”, diz Giovani Oliveira, gerente geral de locações da Apsa.
Há casos também de danos no imóvel e de contratos elaborados sem cuidados. Na Renascença Administradora de Imóveis, de 10% a 15% dos proprietários que procuram pela empresa já tiveram prejuízos com locações diretas.
“As imobiliárias, além de ter um setor jurídico para orientar o locador sobre prazo de contrato, reajustes e garantia locatícia, ainda podem analisar criteriosamente a vida do possível inquilino, com acesso aos serviços de proteção ao crédito, e se o locatário tem renda suficiente para arcar com as obrigações do aluguel, entre outras vantagens”, ressalta Alexandre Parente, vice-presidente administrativo da imobiliária.
Sandro Santos, diretor da Sandro Santos Imobiliária, conta que é muito comum os negócios diretos entre amigos, o que muitas vezes termina com brigas e término de amizade. “Por meio de uma imobiliária especializada tanto o locador quanto o locatários ficam amparados”, diz Santos.
Para uma locação segura, Leila Bogoricin, sócia-diretora da Bogoricin Consultoria de Vendas, alerta para a elaboração de um contrato específico para cada negócio, relacionando obrigações e deveres de cada parte.
“Outro ponto crucial é a realização de um laudo de vistoria detalhado com fotos, onde ficarão registradas as condições que o imóvel e seus utensílios estão sendo entregues”, explica a profissional.