Por julia.amin

Rio - O Papa Francisco criticou a atual situação da Igreja no encontro desta quinta-feira com os peregrinos argentinos que participam da Jornada Mundial da Juventude do Rio2013. Na celebração, realizada na Catedral de São Sebastião, o pontífice mencionou o que espera da JMJ. 

"Espero mexer nas dioceses, eu quero que saiam, quero que a Igreja vá para as ruas. Quero nos defender da comodidade, do clericalismo, de ficarmos fechados em nós mesmos. A Igreja não pode se converter em uma ONG”, anunciou. 

Fiéis argentinos encontraram o Papa na CatedralAlessandro Costa / Agência O Dia


Diante de milhares de argentinos, Francisco falou da importância de viver a fé em plenitude. “Por favor, não diluam a fé em Jesus Cristo. A fé é inteira, não se dilui. É a fé em Jesus. É a fé no filho de Deus, que se fez homem, que me amou e morreu por mim”.

Papa Francisco alertou também para duas situações que ocorrem com frequência na sociedade atual. “Não cuidam dos idosos", o que chamou de "eutanásia cultural". "Não os deixam falar, não os deixam agir e a exclusão dos jovens, a quantidade de jovens sem trabalho é muito alta”.

Nas palavras improvisadas na Catedral, o Papa enfatizou: “Acho que nesse momento a civilização mundial exagerou porque o culto ao deus dinheiro é tão grande que estamos presenciando a exclusão de dois polos da vida, que são as promessas dos povos. Os jovens têm que sair, têm que se fazer valer, têm que lutar pelos valores. E os velhos que falem, que abram a boca e ensinem os jovens. Transmitamos a sabedoria dos povos”, disse o primeiro pontífice latino. "A fé em Jesus Cristo não é uma piada, é muito sério”.

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