Os manifestantes, a maioria jovens universitários e cidadãos de classe média, contam com a simpatia de vários esportistas, atores, intelectuais e escritores turcos. O único Prêmio Nobel de Literatura turco, Orhan Pamuk, também apoiou os protestos e acusou hoje o governo de ser "opressor e autoritário". Pamuk, que foi criticado em alguns círculos por não ter se manifestado sobre os protestos contra o primeiro-ministro, Recep Tayyip Erdogan, tomou partido em artigo publicado hoje no jornal "Hurriyet".
A praça Taksim e o parque Gezi, onde milhares de pessoas estão acampadas para evitar sua demolição, estipulada por um controvertido plano urbanístico que prevê a construção de um centro comercial, transformou-se em um espaço festivo no qual sobressaem as palavras de ordem contra o governo islamita moderado de Erdogan.
Os manifestantes começaram a realizar alguns serviços, como a distribuição de água potável e inclusive um grupo de trabalhadores de uma cafeteria internacional e estudantes de medicina criaram um ambulatório para atender os feridos nos confrontos com a polícia.
Outros manifestantes organizam a distribuição gratuita de comida e bebida entre os acampados.
Além disso, a venda de máscaras de papel e óculos de mergulho para limitar os efeitos do gás lacrimogêneo usados pela polícia vem sendo artigos procurados e são muitos os ambulantes que os vendem no local.