Por julia.amin

Xalapa (México) - Uma professora mexicana de 23 anos que participaria da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) no Rio de Janeiro foi presa por suposto tráfico de drogas devido à cocaína encontrada em uma mala que ela nega que seja sua.

"Estamos convencidos de que a droga foi plantada, por isso estamos no processo de ratificar as declarações de Ángel de María (Soto Zárate) para que o juiz decrete liberdade imediata", disse à Agência Efe uma integrante de sua equipe de advogados. A advogada, que pediu anonimato, explicou que Soto Zárate, uma professora da pré-escola de 23 anos está presa no estado de Nayari desde o dia 13 de julho.

O problema da mexicana começou no dia 11 de julho, quando ela despachou uma mochila no aeroporto da Cidade do México e pegou um voo rumo ao Brasil, com escala em Lima. Na capital peruana, ela percebeu que não encontrava o passaporte, deduziu que ele foi roubado e pediu ajuda ao consulado do México, que expediu um novo documento, mas lhe recomendou que retornasse a seu país para evitar problemas.

Soto Zárate ficou um dia em Lima e voltou para a Cidade do México, onde reivindicou sua bagagem na companhia aérea. No entanto, lhe entregaram uma mala que ela, por negar que seja sua, não aceitou.

Nesse momento, a jovem foi detida por supostamente trazer dez quilos de cocaína na bagagem e transferida para uma prisão de segurança máxima de Nayari, onde será determinado em breve se ela será processada ou libertada por falta de provas.

Fontes consultadas pela Agência Efe, que tiveram acesso à jovem, afirmaram que seus pais viajaram para Nayari para visitar a filha, que passa por um momento difícil. Centenas de cidadãos e integrantes do grupo católico "Comunidade Incenso de Deus" (CID) lançaram uma intensa campanha em redes sociais para exigir a libertação da jovem. No Facebook, a campanha já conta com mais de 29 mil adesões.

Há dois dias, o grupo se reuniu no Parque Juárez da cidade de Xalapa, capital de Veracruz, diante do palácio do governo do estado vestindo camisetas pretas e com o rosto pintado para reivindicar a libertação da jovem professora.

Além disso, a comunidade lançou várias manifestações públicas para obter apoio para a jovem e pressionar as autoridades para que ela seja libertada, já que acreditam na sua inocência. Integrantes do Centro Integral para o Desenvolvimento da Família e do conselho de coordenadores do CID solicitaram o apoio da sociedade para exigir a libertação da professora.

Você pode gostar