Por juliana.stefanelli

Atenas (Grécia) - Os hospitais públicos da Grécia atenderão somente os casos de urgência devido à greve convocada pelos sindicatos do setor sanitário contra as demissões de funcionários exigidas pela troika em troca do resgate financeiro. Aproximadamente 2,5 mil empregados do setor da saúde fazem parte da quota de 25 mil funcionários que devem ser postos no chamado esquema de reserva laboral, pelo qual receberão somente 75% de seu salário durante 8 meses.

Após este período, os empregados poderão ser transferidos para outros postos ou despedidos em definitivo. O ministro da Saúde, Adonis Yeoryiadis, pediu a suspensão da greve e prometeu que nenhum empregado dos hospitais públicos será despedido, mas "recolocado", reafirmando que os hospitais também não serão fechados.

Sindicatos médicos paralisam os hospitais em protesto por melhores condições de trabalho e contra demissõesEFE

Os sindicatos médicos, por outro lado, denunciam o "desmantelamento da saúde pública" e exigem garantias de que os trabalhadores que entrarem no esquema de reserva laboral não serão despedidos. Até o momento, o Ministério da Saúde anunciou a conversão de seis hospitais de Atenas em centros de saúde, um nível inferior dentro da organização sanitária.

Na última semana, Yeoryiadis chegou a ser agredido durante uma visita ao hospital Attiko, de Atenas, um dos que corre o risco de ser fechado. A organização EOPYY, que administra o acesso ao sistema público de saúde desde 2012, após a fusão de várias caixas da seguridade social de diversas profissões, tem um buraco de 1 bilhão de euros devido às dívidas dos hospitais, o que poderia obrigar o governo a fazer novos cortes.

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