Damasco - Enquanto os Estados Unidos, potências europeias e outras nações discutem se vão atacar ou não a Síria, chegou a 7 milhões o número aproximado de cidadãos do país árabe — um terço da população — que tiveram de abandonar suas casas devido à guerra civil. Segundo a ONU, deste total, 5 milhões são deslocados internos e 2 milhões já cruzaram fronteiras e foram para campos de refugiados em países como Jordânia e Turquia.
Até o fim do ano, os refugiados sírios devem chegar a 3,5 milhões. Isto pode levar a Síria a ocupar o 1º lugar no ranking de países com mais deslocados, superando o Afeganistão, que lidera a lista há 32 anos.
A ação militar proposta pelo presidente americano, Barack Obama, tem como objetivo retaliar o ataque com armas químicas nos arredores de Damasco, capital síria,dia 21. Os EUA atribuem a atrocidade ao presidente sírio, Bashar al-Assad, que por sua vez culpa forças rebeldes. O número de mortos passou de 1,4 mil pessoas, sendo centenas de crianças.
Jovens partidários de Assad iniciaram ontem a campanha contra possíveis ataques dos EUA, chamada ‘Sobre nossos Cadáveres’. Com cartazes, montaram acampamento nas montanhas Qasion, em Damasco, para reunir ‘escudos humanos’ contra bombardeios. Em carta enviada ontem à ONU, o embaixador da Síria, Bashar Ja'afari, pediu que a organização previna qualquer agressão à Síria.
O Papa Francisco também pediu paz: ‘Nunca mais a guerra!’, registrou em sua conta no Twitter, ontem.