Washington (EUA) - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse que o mundo não pode permanecer "em silêncio" diante do ataque com armas químicas que Washington atribuiu ao regime sírio e que se não houver reação as normas internacionais ficariam em xeque. Obama, que está na Suécia em visita oficial, afirmou ainda que se nada for feito outros países podem realizar ataques similares.
A Comissão de Relações Exteriores do Senado dos Estados Unidos aprovou projeto de resolução que autoriza o presidente norte-americano, Barack Obama, a usar a força militar na Síria. No texto, o prazo para a intervenção na Síria deve ser 60 dias, com possibilidade de prorrogação por mais um mês. A resolução proíbe o envio de forças terrestres norte-americanas.

O texto, no entanto, ainda precisa ser votado pelo plenário do Senado, o que deve ocorrer no dia 9. A comissão deve ouvir nesta quarta-feira, a portas fechadas, o diretor de Inteligência Nacional, James Clapper. Obama anunciou a intenção de atacar a Síria depois das denúncias de uso de armas químicas contra civis. A principal suspeita recai sobre o governo do presidente Bashar Al Assad.
Na terça-feira, a Comissão de Relações Exteriores do Senado ouviu o secretário de Estado (equivalente a ministro das Relações Exteriores), John Kerry, e o secretário de Defesa, Chuck Hagel. A audiência com as autoridades também foi fechada.
A intervenção militar na Síria divide os líderes internacionais. A França e o Reino Unidos anunciaram apoio aos Estados Unidos. Mas o Brasil, por intermédio do ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo Machado, condenou a ação. Figueiredo ressaltou que qualquer medida militar deve ser definida pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Figueiredo disse ainda que as ações militares devem ser o último recurso a ser adotado em caso de confronto. Na semana passada, ele defendeu a busca por uma solução negociada na Síria. A Rússia e a China, assim como o Irã e a Venezuela, condenam a ação militar.