Por adriano.araujo

Reino Unido - Um novo procedimento, testado e anunciado por médicos do Reino Unido, é simples e pode salvar a vida de vítimas de infarto. A técnica consiste em ‘limpar’ todas as artérias com qualquer grau de obstrução nos casos de ataque cardíaco. O tratamento convencional prevê a desobstrução apenas daquelas que estão totalmente bloqueadas. O estudo envolveu 465 pacientes atendidos em cinco centros especializados em coração no Reino Unido.

Metade teve todas as artérias limpas e o restante foi tratado do modo tradicional. Além de reduzir o risco de morte, a nova técnica diminui as chances de outro ataque cardíaco e de angina (dor no peito). Há o acréscimo de 20 minutos de cirurgia para cada nova artéria tratada. “Muitos pacientes com ataques cardíacos têm outras artérias obstruídas, que foram tratadas ao mesmo tempo para avaliar se há um benefício adicional”, disse o cardiologista Keith Oldroyd. Segundo ele, a maioria dos cardiologistas pensava que não era seguro tratar a segunda ou a terceira artérias ao mesmo tempo. “Os resultados do teste sugerem que esta recomendação deveria ser revista”, aponta.

Professor do Hospital Golden Jubilee, Colin Berry acredita que a queda nas chances de novos problemas cardíacos reduz os atendimentos médicos e os gastos. “Esses foram os resultados mais marcantes para um tratamento que eu já vi”, declarou.

Segundo os médicos, as artérias são obstruídas devido ao depósito de gordura. Além da obstrução total, o problema pode tornar outras artérias mais estreitas, o que prejudica a passagem do sangue.

Normalmente, ataques cardíacos são tratados por meio da angioplastia. A técnica envolve a inserção de tubo de stent para abrir a artéria e restabelecer o fluxo sanguíneo.

A pesquisa foi publicada no New England Journal of Medicine e apresentada em uma conferência internacional em Amsterdã, Holanda, no início deste mês.

Dor no peito é investigada

Na rede estadual de saúde do Rio, o projeto Dor Torácica já reduziu em 50% as mortes por infarto. Ao chegar ao hospital ou à UPA com dor no peito, o paciente é submetido a exames. Com o resultado em mãos, o funcionário da unidade entra em contato com um especialista coronariano, que vai indicar o melhor tratamento (angioplastia ou cirurgias) e apontar a necessidade de remoção.

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