Por juliana.stefanelli

Bogotá (Colombia) - O Instituto Nacional de Medicina Legal da Colômbia disse nesta segunda-feira que a morte de seis pessoas em um bar no sul de Bogotá na madrugada do último domingo foi causada por "asfixia mecânica" e descartou que fossem por ocorrência do uso de gás de pimenta. O diretor de Medicina Legal, Carlos Eduardo Valdés, disse aos jornalistas que "a causa da morte destes seis casos, sem sombra de dúvidas foi devido a uma insuficiência respiratória aguda".

Cinco mulheres e um homem morreram e duas pessoas ficaram feridas em um pequeno bar em Bogotá, em fatos que são investigados pelas autoridades. Ao ser perguntado sobre se as mortes das pessoas estavam relacionadas com o uso de gás de pimenta, Valdés assinalou que "a causa da morte não tem relação com o uso de nenhum gás".

Acrescentou que as mortes, após as análises forenses, correspondem à morte violenta e que a causa foi "insuficiência respiratória". Segundo testemunhas do fato, quando a polícia chegou ao estabelecimento no sul de Bogotá, a porta do bar estava fechada e havia cerca de 300 pessoas.

Segundo as autoridades, o lugar tem capacidade para 100 pessoas e não cumpria com os mínimos requisitos de segurança, entre eles a ausência de saídas de emergência e de sinalização para orientar os frequentadores em caso de situações anormais. "A polícia chegou e começou a forçar a porta e a jogar gás por baixo, e as pessoas começaram a sufocar" relatou à emissora de rádio "Caracol" a dona do clube noturno, Luz Marina de la Peña.

Por outro lado, o comandante da Polícia Metropolitana de Bogotá, o general Luis Eduardo Martínez, afirmou que "no interior do clube noturno houve uma fuga precipitada, a polícia conseguiu abrir uma porta muito estreita pela qual as pessoas estavam tentando sair".

Devido à tragédia de Bogotá, o Ministério do Interior deu o prazo de um mês para uma operação de revisão de todos os estabelecimentos noturnos do país, para que sejam lacrados os que não cumprirem com as normas de segurança.

A determinação foi adotada depois de uma reunião de mais de duas horas da Polícia de Bogotá, que analisou o caso. Segundo o ministro do Interior da Colômbia, Aurelio Iragorri, "em um mês teremos resultados positivos para o povo e fatos como o de domingo em Bogotá não podem voltar a acontecer".

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