Por raphael.perucci

Nova Délhi A Aliança Nacional Tâmil (TNA, na silga em inglês) venceu com clareza as eleições regionais realizadas no sábado no reduto desta etnia no Sri Lanka, as primeiras após décadas de conflito e pós-guerra, informou a Comissão Eleitoral do país. A TNA, que reúne tâmeis moderados e antigos rebeldes, obteve 30 das 38 cadeiras do Conselho da Província Norte, enquanto a Aliança para a Liberdade do Povo Unido (UPFA, em inglês) do presidente ceilandês, Mahinda Rajapaksa, só conseguiu sete.

A principal força tâmil teve vitória arrasadora nos cinco distritos, empurrada por uma alta participação que no conjunto da região foi de 60% dos quase 720 mil eleitores convocados às urnas.

"Apesar da forte presença militar, flagrantes violações, intimidação a eleitores e violência contra nossos candidatos, conseguimos a vitória. Aplaudimos o povo tâmil", disse o deputado nacional tâmil M.A. Sumanthiran, citado pelo portal digital "Adaderana". Os organismos observadores registraram várias denúncias de ameaças ou ataques durante o dia, mas no geral a votação transcorreu com relativa calma, sem incidentes de grande envergadura.

Em entrevista à imprensa, o chefe da Comissão Eleitoral, Mahinda Deshapriya, qualificou o pleito de "livre" e "justo". Apesar da derrota no reduto dos tâmeis, a UPFA, que governa com comodidade no Parlamento estatal, colheu maioria absoluta nas outras duas regiões (Noroeste e Central) onde também houve eleições. O pleito para o Conselho da Província Norte tâmil é o primeiro deste tipo desde 1988; então a região era ocupada por uma missão militar indiana sob comando da ONU.

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