Por juliana.stefanelli

Moscou (Rússia) - A Justiça da Rússia decretou nesta sexta-feira a prisão preventiva de 18 dos 30 ambientalistas do Greenpeace que foram detidos nas águas do Ártico quando tentavam escalar uma plataforma de petróleo para fazer um protesto.

Entre os ativistas condenados a dois meses de prisão preventiva como suspeitos por crime de pirataria estão cidadãos de Rússia, França, Turquia, Polônia, Suécia, Canadá, Nova Zelândia, Argentina, Reino Unido, Austrália, Estados Unidos e Itália.

O tribunal da cidade de Murmansk também prorrogou para 72 horas a prisão de outros três ecologistas (cidadãos de Rússia, Ucrânia e Holanda) da tripulação do navio do Greenpeace "Arctic Sunrise", detido há uma semana no mar de Pechora, quando vários de seus tripulantes tentaram escalar uma plataforma de petróleo da companhia russa Gazprom.

Ativistas estão presos sob acusação de piratariaEFE

O restante dos ativistas do "Arctic Sunrise", entre eles a bióloga brasileira Ana Paula Maciel, foram transferidos ontem para centros de detenção preventiva de Murmansk, e ainda aguardam decisão da justiça.

Após o protesto, o navio foi apreendido pela guarda de fronteiras russa e seus tripulantes detidos. A embarcação foi rebocada até o porto de Murmansk, e os ativistas foram trazidos para terra para comparecerem perante a justiça.

A Gazprom planeja começar a produção de petróleo nessa plataforma no primeiro trimestre de 2014, o que, segundo a ONG, aumentaria o risco de um vazamento de petróleo em uma área que contém três reservas naturais protegidas pela própria legislação russa. ]

Segundo o Greenpeace, os ativistas detidos na quinta-feira passada a bordo do "Arctic Sunrise" procedem de 19 países: Brasil, Rússia, EUA, Argentina, Reino Unido, Canadá, Itália, Ucrânia, Nova Zelândia, Holanda, Dinamarca, Austrália, República Tcheca, Polônia, Turquia, Finlândia, Suécia e França.

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