Por julia.amin

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, se mostrou nesta sexta-feira "esperançoso" com o acordo fechado na quinta-feira para aprovar uma resolução do Conselho de Segurança (CS) da ONU sobre o uso de armas químicas na Síria. Ele considera que pode representar uma "vitória enorme" para a comunidade internacional.

Em declarações aos jornalistas após receber na Casa Branca o primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh, Obama assegurou que o acordo feito entre EUA e Rússia para desbloquear as negociações no CS é algo que seu Governo "buscava há muito tempo".

"O fato de se ter alcançado um marco que será votado, que será legalmente vinculativo, viável, executável, e que dispõe de consequências em caso de descumprimento (por parte do regime de Bashar al Assad) é uma vitória potencialmente enorme para a comunidade internacional", assegurou Obama.

ObamaReuters


O presidente americano considerou "duvidoso" que se pudesse haver chegado "a este ponto se não tivesse sido por uma ameaça crível de ação (militar) dos EUA" após o ataque com armas químicas do dia 21 de agosto nos arredores de Damasco. "Sempre expressei minha preferência por resolver isto de forma diplomática, e aprecio o duro trabalho de nossos aliados internacionais" para torná-lo possível, destacou.

Obama destacou que a minuta de resolução "não só impede e previne o uso de armas químicas, mas vai além para estabelecer como eliminar as armas (do país)". Além disso, contém um "respaldo explícito ao processo de Genebra I", como é conhecida a conferência sobre a Síria realizada em junho de 2012 na cidade suíça, "para tentar enfrentar o conflito que subjuga a Síria, e a necessidade de chegar a uma transição política lá".

"Isto aponta para o que eu esperava quando falei esta semana (no plenário da Assembleia Geral) na ONU: que temos uma comunidade internacional que não só é capaz de falar, mas de tomar ações arrumadas para aplicar normas internacionais", ressaltou Obama.

O presidente admitiu, no entanto, que há "preocupações legítimas" sobre o processo "técnico" pelo qual as armas químicas vão ser tiradas do país enquanto o conflito continua.

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