Irã - O Ministerio das Relações Exteriores do Irã confirmou que o adido cultural de sua embaixada em Beirute morreu no ataque suicida cometido nesta terça-feira próximo da delegação, que matou pelo menos 23 pessoas e feriu 145.
A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Marzie Afjam, confirmou a morte do diplomata Ebrahim Ansari, que chegou a ser internado após as explosões em um hospital em estado grave, mas não resistiu e morreu horas depois, informou a agência nacional iraniana "Irna".
Também morreram no atentado seis guardas de segurança que protegiam a embaixada, segundo a agência.
O guarda-costas do embaixador iraniano no Líbano e funcionário responsável pela segurança do edifício, Rezvan "Fars", está entre as vítimas fatais.
As brigadas de Abdullah Azzam, vinculadas à Al Qaeda, reivindicaram a autoria das duas explosões junto à embaixada iraniana, no sul de Beirute.
Em uma rede social, o grupo ameaçou realizar mais ataques no Líbano até que o Irã retire a suas forças da Síria, onde lutam junto do regime de Bashar al Assad, e exigiu que sejam libertados das prisões libanesas os milicianos desta formação jihadista, fundada em 2009.
O duplo atentado foi realizado por dois suicidas que conduziam um carro e um moto e que tentaram invadir o complexo da embaixada, no bairro de maioria xiita de Al Yinah.
Pouco depois do ataque, as autoridades iranianas acusaram a Israel de estar por trás do ataque.
"Sabemos que os sionistas e seus mercenários são os responsáveis pela explosão em Beirute", disse a porta-voz das Relações Exteriores em comunicado, em que condenou "energicamente este atentado desumano".