Rio - Três irmãs foram mantidas reféns por sua mãe e o padrasto no Arizona, Estados Unidos, segundo informou a polícia local. As jovens de 12, 13 e 17 anos ficaram confinadas durante dois anos em uma casa que possuía sistema de segurança e de abafamento de som, de acordo com as autoridades.
O caso foi descoberto na última terça-feira, quando as duas meninas mais novas conseguiram fugir até uma casa vizinha, onde contaram que o padrasto havia tentado atacá-las com uma faca. Segundo o chefe da polícia de Tucson, Roberto Villasenor, a casa onde as jovens viviam tinham câmeras de segurança. “Todos os movimentos delas eram controlados", disse. Há indícios de que as meninas recebiam pouca alimentação e tinham condições de higiene precárias.
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Ainda de acordo com o policial, as jovens eram mantidas separadas e não se viam na maior parte do tempo. Após a denúncia das duas meninas mais novas, a polícia fez uma busca na casa e encontrou a adolescente de 17 anos trancada em um quarto. A mãe, Sophia Richter, 32 anos, e o padrasto das adolescentes, Fernando Richter, 34, foram presos.
Os dois foram indiciados por abuso físico e emocional de crianças e por sequestro. O padrasto também vai responder por abuso sexual de menor de 15 anos. As jovens passaram por avaliação médica e estão sob os cuidados de Serviços Sociais.
Um diário mantido pela adolescente de 17 anos, escrito durante os mais de 18 meses de cativeiro e abuso, foi encontrado e a polícia e está sendo analisando. Não foram divulgados detalhes sobre o que a menina escreveu.
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A mãe das adolescentes disse à polícia que elas "eram educadas em casa". Sophia e o marido vivem juntos há 10 anos, mas só se casaram há cerca de quatro anos. Existe evidencias de que as meninas foram mantidas aprisionadas contra sua vontade em pelo menos uma das casas anteriores da família. O casal permanece preso, porém podem ser liberados se pagarem fiança no valor de US$ 100 mil para Fernado e US$ 75 mil para a mulher.
