No fim da dieta, corpo se habitua com poucas calorias e cessa de emagrecer. É preciso ajustar alimentação e exercícios
Por adriano.araujo, adriano.araujo
Rio - Se para muitas pessoas começar uma dieta é um desafio, para outras o problema é perder aqueles últimos quatro ou cinco quilos que insistem em ‘grudar’ no corpo. O drama tem explicação: o metabolismo diminui quando o corpo vai chegando ao peso ideal, fazendo com que as últimas semanas do regime tornem-se um martírio.
Especialistas, porém, explicam que há saídas. Uma delas é a variação dos exercícios físicos. A outra, como não poderia deixar de ser, são ajustes na alimentação.
A interrupção da perda de peso acontece porque o corpo passa a se ‘acostumar’ com o número reduzido de calorias consumido e reajusta a velocidade do metabolismo. “O organismo se adapta e tenta viver com menos calorias”, esclarece o endocrinologista Alfredo Cury, do Spa Posse do Corpo.
A estilista Andrea Rosa, 36 anos, é um exemplo. Após perder 18 kg em um ano, está há três meses tentando queimar os últimos 4 kg. “Continuo fazendo dieta receitada por médico e exercícios com personal trainer, mas não tem jeito. Chega uma hora que o corpo para”, lamentou ela, que sempre sofreu oscilações de peso.
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Os exercícios regulares, bons aliados para ganhar a briga contra a balança, devem ser revistos com frequência. Assim como na alimentação, o corpo se acostuma com as atividades físicas. “É preciso alterar a série da musculação em certos intervalos de tempo, e também não adianta fazer uma semana sim e a outra, não”, destaca o endocrinologista, defendendo também o consumo de água regularmente.
Diminuir a quantidade de comida também não garante perda de peso. “Pelo contrário. Isso faz com que o metabolismo diminua a velocidade e, consequentemente, o indivíduo acaba engordando”, alerta Cury. O ideal é fazer avaliação personalizada, que adeque a alimentação ao estilo de vida e questões hereditárias.