Por joyce.caetano

Johanesburgo - O presidente da África do Sul, Jacob Zuma, inaugurou nesta segunda-feira em Pretória uma estátua de Nelson Mandela de nove metros de altura, um dia depois de o ex-presidente ser enterrado na cidade em que viveu na infância, Qunu, no sudeste do país.

A estátua, esculpida em bronze, foi erguida nos jardins dos Union Buildings, a sede do governo sul-africano na capital, que na semana passada abrigou o velório do antigo líder.

Com a presença do presidente sul-africano Jacob Zuma%2C foi inaugurada no jardim do Palácio Union Buildings%2C sede do governo%2C uma estátua de Nelson MandelaMarcello Casal Jr. / Agência Brasil

A enorme obra dos artistas sul-africanos Andre Prinsloo e Ruhan Janse Van Vuuren mostra um Mandela sorridente e de braços abertos.

"Estamos contentes de estar hoje aqui. Se perceberem, em todas as estátuas de Madiba (apelido carinhoso pelo qual o ex-presidente é conhecido na África do Sul), ele levanta um punho", afirmou Zuma, diante de vários familiares de Mandela e dignatários sul-africanos.

Estátua%2C esculpida em bronze%2C tem nove metros de alturaMarcello Casal Jr. / Agência Brasil

"Esta é diferente de outras. Ele ergue as mãos. Ele está abraçando toda a nação", ressaltou o chefe de Estado.

O ato coincidiu com a celebração do Dia da Reconciliação, feriado que lembra o fim do regime racista do "apartheid".
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Mandela foi sepultado ontem em Qunu após um funeral de Estado assistido por cerca de cinco mil pessoas, entre familiares do herói sul-africano e líderes estrangeiros. O enterro pôs fim aos dez dias de luto nacional declarados após a morte do ex-presidente, que morreu no último dia 5, aos 95 anos, em sua casa de Johanesburgo após um longo período com problemas de saúde.
Mandela se tornou em 1994 o primeiro presidente negro da África do Sul e liderou, junto de seu antecessor no cargo e último líder do "apartheid", Frederik De Klerk, uma transição democrática que evitou uma guerra civil entre brancos e negros no país.
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Madiba tinha saído de prisão quatro anos antes, após passar 27 anos preso por sua militância contra o regime segregacionista. Foi nas prisões em que passou boa parte da vida que contraiu os problemas respiratórios que provocaram sua morte.
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