Beirute (Líbano) - Uma multidão formada por parentes, líderes políticos e religiosos acompanhou nesta sexta-feira de manhã o enterro da brasileira Malak Zahwe, 17 anos, em Beirute, no Líbano. Ela morreu com a explosão de carro-bomba, quinta-feira, naquela cidade, e foi sepultada ao mesmo tempo em que a madrasta, outra das seis vítimas fatais do ataque terrorista. O funeral foi transmitido ao vivo por TVs abertas do Líbano, e acompanhado via satélite pela família da jovem em Foz do Iguaçu, Paraná.
Reduto do Hezbollah
Malak morava no Líbano com três irmãos mais novos, o pai e a esposa dele havia três anos. O atentado aconteceu no bairro Haret Hreik, que é reduto do grupo xiita Hezbollah. A menina saía com a madrasta de uma loja quando houve a explosão.
O ataque com o carro-bomba deixou outras 66 pessoas feridas, e ocorreu seis dias após a morte de Mohammed Chatah, importante líder sunita no país. O atentado também veio após a recente prisão por autoridades libanesas de um militante saudita que liderava as Brigadas Abdullah Azzam, um grupo afiliado à al-Qaeda que revindicou a autoria de um ataque suicida, em novembro, próximo à Embaixada do Irã, aliado do Hezbollah, em Beirute. Mais de 20 pessoas morreram na ocasião.
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