Praia e piscina sem risco de acidentes para crianças
Supervisão do adulto, uso de boia e cuidado com ralos garantem banho seguro
Por thiago.antunes
Rio - O sol forte, típico do verão no Rio, é um convite ao banho de mar e piscina. Porém, a atividade requer cuidados especiais e atenção, sobretudo com as crianças, devido aos riscos de afogamento. Somente até o dia 7 de janeiro deste ano, foram feitos 2.407 salvamentos nas praias do estado, média de 343 por dia.
David Szpilman, diretor médico da Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa), no Rio de Janeiro, recomenda que os adultos estejam a uma distância de, no máximo, um braço das crianças, durante o banho de piscina e de mar. Além disso, no caso da piscina, é preciso orientar os pequenos para não brincarem perto do ralo. “O dispositivo pode prender o cabelo ou outras partes do corpo e provocar o afogamento”, alerta.
No mar, a primeira preocupação deve ser descobrir, junto ao guarda-vidas, onde está a ‘corrente de retorno’, local sem ondas, mas onde acontecem 90% dos afogamentos. Szpilman, que também é do Corpo de Bombeiros, recomenda que, ao notar um afogamento, a pessoa chame o salva-vidas ou ligue para 193. “Em hipótese alguma tome a frente da situação, porque isso aumenta o risco de que se faça uma segunda vítima”, disse.
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Antônio Santos, diretor da Acqua Fitness, no Recreio, primeira academia certificada pela Sobrasa, frisou que os afogamentos diferem de outros acidentes pois são rápidos e ‘silenciosos’. “Qualquer piscar de olhos é decisivo. Cinco minutos submersa e a pessoa está morta ”, alertou.
Cabelos
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A piscina deve ter dois ralos arredondados com tecnologia que evite que os cabelos fiquem presos, prevenindo, assim, o afogamento. Os vãos usados para aspiração também devem ter o dispositivo.
Cuidado
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A preocupação deve aumentar à medida que as crianças crescem. Isso porque a atração pela água aumenta. Além disso, o afogamento poderá acontecer mesmo em pequenas quantidades de água.
Boias
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Se a criança não souber nadar, é indispensável o uso de boias. As com estilo ‘colete salva-vidas’ são mais confiáveis, porque não saem do corpo com facilidade.
Socorro
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Em caso de afogamento, retire a vítima da água. Deve-se introduzir ar nos pulmões da pessoa, por meio da respiração boca a boca.